Terminou a minissérie Felizes para Sempre?, mas ainda vale um comentário. Diria que no geral foi um trabalho bem- feito, fotografia linda e tomadas angustiantes de Brasília. Sim, cara leitora, Brasília me dá medo. Eu diria que Felizes para Sempre? não está com essa bola toda, não. Foi uma mininovela sofisticada. Sofisticada na direção, no elenco… no texto nem tanto.
Há de concordar, cara leitora, que o tema é sempre o mesmo, sofisticado ou não. Pai que não sabe que o filho não é dele, marido que não admite a separação e espanca a mulher, casal idoso cheio de ressentimento, jovem linda, prostituta, querendo se dar bem na vida, e assim por diante. Acho que vi essas situações em trocentas novelas.
Mas o grande sucesso, o que mais se compartilhou fora e dentro da internet, foi a bunda de Paolla Oliveira! Caraca, moleque, como nós ainda somos jecas! Essa conversa de que somos bons de cama… Conta isso pra outro trouxa! Comigo não cola. Somos ótimos é olhando o sexo alheio. Ou se excitando no tal sexo virtual. Carregamos ainda a culpa da moral cristã, que ainda nos impede de termos um sexo limpo e sem culpa. Então, uma bunda aparece rapidamente para que as impurezas não apareçam (e, por impureza, entenda-se celulite). Isso vira o motivo de sucesso de uma série que, apesar dos clichês, tinha muito mais a oferecer.