Morreu na manhã desta quinta-feira (11) a jornalista e colunista política Cristiana Lôbo. Aos 63 anos, ela estava internada há alguns dias no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar um mieloma múltiplo, patologia a qual ela já vinha tratando há alguns anos, mas que se agravou depois que a jornalista contraiu uma pneumonia recentemente, levando à óbito.
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Com uma carreira jornalística de mais de 30 anos, Cristiana iniciou sua vida profissional realizando a cobertura política do estado de Goiás.
Posteriormente, a profissional mudou-se para Brasília e, contratada pelo jornal O Globo, foi setorista do Ministério da Saúde, ainda na época em que estava sendo criada a carteira de vacinação. Por atuar na capital federal, ela também acompanhou de perto as decisões do Ministério da Educação.
Ainda no veículo, Cristiana desenvolveu trabalhos para a coluna Panorama Político, função a qual só abandonou depois de 13 anos para assumir a coluna política do jornal o Estado de S. Paulo.
Atuando até então apenas para o meio impresso, a jornalista teve sua estreia na televisão em março de 1997 no canal GloboNews, integrando o time de comentaristas do Jornal das Dez, que analisam os principais fatos da política e os bastidores do poder.
Cristiana também se fez presente em outros telejornais da GloboNews e da Globo, tal como o Hora Um, em que tecia comentários políticos, e o programa Fatos e Versões, do qual era âncora. De seus trabalhos mais atuais, está a coluna Os Bastidores da Política, que ela escrevia para o portal g1.
O que é o mieloma múltiplo?
Classificado como um tipo de câncer, o mieloma múltiplo atinge células específicas da medula óssea chamadas de plasmócitos. Essas células são responsáveis pela produção de anticorpos, conhecidos como glóbulos brancos, que combatem vírus e bactérias.
Para a pessoa que tem esta neoplasia, os plasmócitos atuam de forma anormal no organismo, multiplicando-se rapidamente, fazendo com que haja uma produção exagerada de anticorpos, comprometendo assim a produção das outras células do sangue.
Por causa da forma como atua, muitos dos pacientes podem ter anemia e ficam sujeitos a infecções. Além disso, toda a proteína [gordura] anormal que também é produzida em decorrência desta patologia, se acumula no sangue e urina.
Outra complicação da doença é que células doentes do mieloma múltiplo também podem afetar os ossos, causando dores e fraturas espontâneas.