Miley Cyrus revelou ter passado por uma situação de machismo durante as preparações para sua apresentação na última edição do VMA, realizada no dia 30 de agosto. Em entrevista ao programa The Joe Rogan Experience, ela relatou que estava em uma discussão sobre como seria a iluminação do palco durante sua performance, quando entrou em conflito com o diretor por não querer usar a “luz da beleza”, um artifício que suaviza os traços do artista na câmera.
“Eles só usam isso com as mulheres. Eu disse algo como: ‘desliguem essa porra’. Ninguém diria ao Travis Scott ou ao Adam Levine que eles não podiam mudar a iluminação em suas performances”, contou Miley. A princípio, o diretor, cujo nome não foi revelado, concordou, dizendo que eles iriam fazer igual faziam com os caras.
Pouco depois, porém, quando as pulseiras que a cantora usava começaram a se enroscar nos adereços do palco, o homem comentou em tom irônico que se Miley fosse um homem, eles não teriam que lidar com aquilo. A cantora rapidamente retrucou, dizendo que “um cara não estaria fazendo o mesmo que eu, porque um cara não precisaria usar o sexo para vender o programa de TV que ele estava dirigindo”.
Durante a entrevista, Miley também refletiu sobre o desafio de encontrar o equilíbrio entre tratar todos de sua equipe bem, mas, ao mesmo tempo, deixar bem claro que é ela quem toma as decisões criativas finais. “Eu tento ser firme, mas gentil. Não perco o tato, mas não me torno manipulável, sei o que quero. Talvez alguém diga que eu sou uma ‘diva’ ou uma ‘vadia’ por aí, mas, quando o The Weeknd ou o Kanye West fazem o mesmo, eles são chamados de gênios criativos. Por que eu me torno a vadia, e não a artista brilhante? Ninguém diria que o Kanye está errado por ser específico quanto à iluminação do seu show”, desabafou.