Ela não está dentro dos padrões dos candidatos que vemos no Big Brother Brasil. Articulada, inteligente e experiente, a paulista Harumi, de 64 anos, não conseguiu entrar no jogo e foi a primeira eliminada do programa com 65% dos votos.
“Sem um pingo de alegria, foi um luxo ter você aqui, Harumi“, disse Pedro Bial ao anúncio de sua eliminação na noite desta terça-feira, 26. E a perda ao repertório do programaé grande: ela prometia ser um dos personagens mais interessante desta edição do reality.
Saiba tudo sobre o Big Brother Brasil 16
Trajetória
Desde o início, Harumi mostrou personalidade. Quando Ana Paula disse que acreditava que toda mulher deveria “ser machista“, a sister rebateu: “Somos diferentes, acho que todas merecemos direitos iguais“.
E realmente era: a jornalista esteve à frente de seu tempo, posou nua aos 19 numa época em que o corpo feminino ainda era tabu e namorou estrela da música – o jamaicano Jimmy Cliff, ícone do reggae.
Vítima dos líderes, ela não resistiu ao paredão com Daniel. Foi do próprio brother a sugestão para sua indicação para a berlinda. Na justificativa, o brother criticou a postura da sister, sempre alheia aos conflitos e pouco interativa com os confinados.
Segura, ela tirou satisfações com o colega. “Eu me surpreendo com isso, porque você se abria comigo diariamente, meia hora antes, você estava se abrindo comigo e eu falei muitas coisas de mim pra você“, e finalizou: “Isso não é afinidade?”.
Seu jeito seguro e refinado irritou os participantes. O goiano Tamiel foi um dos primeiros a revelar problemas de convivência com a sister. “Troquei uma ideia boa com ela. Ela é um poço de sabedoria. Mas ela se põe numa situação superior demais“.
Inteligente, ela resumiu sua participação fugindo do óbvio. Em seu último bate-papo com Bial, revelou: “Eu tô me pós-graduando em relacionamento humano. Toda essa produção que rola e é maravilhosa, eu tô cada dia me aperfeiçoando mais. É único“.
Previsão?
No início da noite, esperando o começo do programa, Harumi previu a eliminação. Vestida de branco, ela disse aos colegas: “Vou ver minha família, vou embora, vou jantar com meus queridos…”.
“Pra quem está na berlinda, o lado ruim é que a gente vai sair. Óbvio. O lado bom é que a gente já participou, tem outras coisas, você vai ter sua vida normal, abraçar quem gosta… A vida é assim“, completou a sister com sua maturidade de sempre.
Em um de seus últimos momentos, dançou no jardim da casa Balada do Louco, do Os Mutantes, música que considera a que representa sua vida. Não é lá muito difícil entender o porquê.