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Letícia Spiller: “Educar dói. É difícil dizer não”

Mãe de um adolescente e de uma garotinha de 4 anos, a atriz que interpreta Soraya, em 'I Love Paraisópolis', fala sobre as dores e as delícias da maternidade

Por Ana Bardella (colaboradora)
Atualizado em 11 abr 2024, 20h18 - Publicado em 8 jun 2015, 16h00
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  • Quem tem filho concorda: por mais que você saiba que é o certo, às vezes é duro negar algo para a criança. Letícia Spiller, mãe de Pedro, 17 anos, e Stella, 4, que o diga. Ela acha sofrido dizer não. Contra resolver conflitos na palmada, impõe limites com outras técnicas. “O melhor é colocar de castigo, fazer pensar, tirar as coisas de que ele mais gosta”, ensina. Na novela I Love Paraisópolis, a atriz vive uma mãe bem diferente disso. Soraya é maluca pelo filho Benjamin (Mauricio Destri), faz de tudo por ele e ainda acha que o único jeito de o rapaz ser feliz no amor é encontrando uma mulher parecida com ela. Confira a seguir nosso papo com Letícia, que completa 42 anos no mês que vem.

    Como é criar um adolescente?
    Estou amando. Pedro é muito especial, gosto de estar por perto sempre que posso. Mas não sou inflexível. Se preciso sair, trabalhar, tenho pessoas de confiança para cuidar dele e me sinto segura para isso. Quero que meu filho seja uma pessoa independente e confiante. E vejo muito de mim nele, nos gestos.

    Você se policia até onde pode chegar no papel de mãe?
    Eu tento. É difícil dizer não, educar dói… Você tem que impor limite, mas ver o filho sofrendo, chorando… Não é legal. Mas eu acho que o maior limite que você pode dar educando alguém é colocar de castigo, fazer pensar, tirar as coisas de que ele mais gosta. É a única coisa que funciona de verdade. E você não precisa bater, não precisa gritar. A criança vai entender muito mais.

    Como foi ser mãe em duas fases muito distintas da vida?
    Foram maravilhosos os dois momentos. Graças a Deus, nas duas vezes fiquei grávida tranquilamente. E correu tudo certo, no tempo que tinha que ser. É aquela história: você precisa reaprender algumas coisas, mas lembra tudo. Sou supermãezona, instintiva. Quando o Pedro nasceu, fiquei tão apaixonada que não queria que ninguém o pegasse [risos].

    Já passou pela experiência de ser sogra na vida real?
    Ainda não, o Pedro não quer saber de namorar por enquanto. Mas não sou uma mãe ciumenta. A não ser que ele arrume uma namorada muito sem noção, daí vou ter que mandar a real e dar minha opinião [risos]. Nada além disso! Até porque ele também não tem ciúmes de mim. Ele é uma graça de menino, meu companheiro. Só tenho a agradecer.

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    Você se considera workaholic ou sente falta das férias?
    Eu gosto de realizar, de poder estar com a família, com os filhos. Se eu não tiver tempo para isso, eu piro. Tem que dosar, escolher o que vai fazer. Não dá para estrear novela e ensaiar uma peça junto. Mas, se ensaio nas férias, dá para levar… Eu gostaria de ter mais tempo entre uma novela e outra para mudar o formato, fazer uma série, por exemplo. Eu gosto e acompanho algumas.

    João Cotta/TV Globo
    João Cotta/TV Globo ()

    Letícia como Gilda, em Boogie Oogie (2014)

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    Como faz para manter a boa forma com tantos trabalhos emendados um no outro?
    Tento levar uma vida saudável e me cuidar. Amo dançar! Até mesmo a musculação, que é uma coisa mais chata, me dá prazer quando eu termino. É aquela coisa de provocar a endorfina do corpo, que dá uma sensação de prazer e bem-estar.

    É contra fazer plástica?
    Não sou contra, mas também morro de medo! O profissional precisa ter uma visão muito delicada para não comprometer a expressão da pessoa. O ideal é que seja um procedimento corretivo mínimo.

    Já fez alguma?
    Eu coloquei prótese nos seios depois do nascimento da minha filha, Stella. Também, estava prestes a fazer 40 anos. Até então não tinha feito nada. Também tirei um pouquinho daquela gordura que fica debaixo dos olhos, que atrapalhava na hora de fotografar, mas foi algo muito sutil.

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    Você se envolve com causas sociais?
    Sim! Estou sempre postando nas redes sociais conteúdos relacionados às causas que me mobilizam e que deveriam sensibilizar outras pessoas também. Principalmente a causa ambiental ou contra a homofobia e qualquer outro tipo de preconceito.

    Com reportagem de Felipe Munhoz

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