De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, o jornalista Ricardo Boechat faleceu em decorrência de um politraumatismo. O quadro foi causado pela queda do helicóptero e a colisão com um caminhão na segunda-feira (11).
Nos exames, aos quais a GloboNews teve acesso, não foram encontrados sinais de fuligem no sistema respiratório do jornalista, e a dosagem de monóxido de carbono tinha uma concentração de carboxihemoglobina abaixo de 10%. Segundo o IML, isso significa que Boechat já tinha morrido antes da exposição ao gás.
Leia mais: Mulher que salvou motorista de caminhão ganha tratamento contra doença
Segundo o delegado Luiz Hellmeister, titular do 46º Distrito Policial (DP), em Perus, o acidente que matou Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci foi uma fatalidade. “O helicóptero teve alguma pane e [o piloto] tentou o pouso de emergência. Os esquis da aeronave atingem o caminhão, o que faz o aparelho pegar fogo”, afirmou.
Depoimento do filho de Ronaldo
Rodrigo Quattrucci, 23 anos, filho do piloto que morreu no acidente, prestou depoimento ao delegado na tarde de sexta-feira (15). O oficial queria entender porque a empresa RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda funcionava sem autorização para táxi aéreo.
Leia mais: Artista desenha mulher que salvou caminhoneiro em acidente com Boechat
Na quarta-feira (13), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu a empresa, que, agora, está proibida de operar. Segundo a Anac, existiam “indícios de prática irregular de táxi-aéreo” com transporte remunerado de passageiros.
Ainda de acordo com o delegado, se a colisão do helicóptero com o caminhão não tivesse ocorrido, ambos Ricardo Boechat e Ronaldo Quattrucci poderiam estar vivos. O motorista do caminhão teve ferimentos leves e foi socorrido.
Veja mais: Garoto furta folhas para estudar, é apreendido e comove cidade mineira