Ele já foi garçom, office boy e até funileiro. É, mas Henri Castelli faz sucesso, mesmo, é na pele daqueles sedutores bandidões das novelas. Em I Love Paraisópolis, por exemplo, o artista vive seu quarto mau-caráter, o ganancioso Gabo, que não mede esforços para conseguir o que quer. “Posso garantir: não tenho nada em comum com o personagem”, diz o gato, divertindo-se e confirmando a fama de bom moço.
Aos 37 anos, o ator se divide na ponte aérea entre Rio e São Paulo por um bom motivo. Quer dizer, dois. Quando não está gravando, se dedica aos filhos Lucas, de 8 anos, do seu relacionamento com a modelo Isabeli Fontana; e Maria Eduarda, 1, do seu romance com a relações públicas Juliana Despirito.
O belo hoje está com a produtora de moda colombiana Diana Hernandez, que mora em Miami, nos Estados Unidos. Nesta entrevista, o galã revela que, apesar da distância, o seu namoro com a loirinha vai muito bem, obrigado. Confira!
Em menos de um mês de novela, o Gabo já mostrou a que veio. Em quem você se inspirou para criar o personagem?
Ele é um cara que não tem tempo a perder, né? Se tiver que falar com traficante, fala. Faz tudo para conseguir seus interesses. Não posso dizer os nomes, mas peguei referências fortes de dois políticos. Mas alguma coisa me diz que o público vai descobrir (risos).
Algum político da ficção também o inspirou?
Olha, tem uma pegada meio Frank Underwood (Kevin Spacey) no seriado House of Cards. Acho interessante o jeito como o personagem manipula o poder, é cínico e, ao mesmo tempo, encantador. O Gabo faz a mesma coisa.
O que colocou de você nesse seu vilão?
Não tenho nada do Gabo, mas não sei se o definiria como mau-caráter. Ele acha que não faz nada errado. Todo mundo tem um lado bom e um ruim. É um personagem urbano, verdadeiro. É o tipo de pessoa que você encontra por aí.
Envaidece-o estar mais uma vez com um papel de destaque na TV?
Não, nunca levei em consideração o tamanho de um papel. Acontece que sempre recebi convites incríveis para trabalhar ao lado de gente bacana, amigos de que gosto. Posso dizer que tenho sorte.
Como anda o seu namoro com a Diana? Ela opina no seu visual?
Estamos muito bem, temos confiança um no outro. E a Diana sempre opina nas minhas roupas, sim. Sou o boneco dela (risos).
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Mas você parece ser tão vaidoso quanto o seu personagem. Estou certo?
Não, eu não teria paciência para usar um cabelo tão arrumado quanto o dele (risos). Mas o Gabo está sempre impecável, com roupas de bom corte. É um figurino incrível, mas confesso: tive que emagrecer bastante para ficar bem nos ternos mais acinturados, pois se passar um pouquinho nem entro na roupa (risos).
Então fez dieta para o papel?
Eu estava viajando demais, então a gente acaba se descuidando um pouco. Mas não fiz uma reeducação alimentar, nem nada, só dei uma arrumada (risos). Precisei só de três meses na minha casa, com os meus hábitos, as minhas coisas. Vou à academia duas vezes na semana, caminho todos os dias. Procuro manter a saúde, nada de muito absurdo.
Você é de São Paulo, certo? Já conhecia a comunidade de Paraisópolis?
Sim, moro no Morumbi, então a comunidade faz parte do meu cotidiano. Eu frequento. Aliás, para chegar em casa, vindo do aeroporto, passo por dentro da comunidade. Tenho duas pessoas que trabalham comigo que moram em Paraisópolis. O pessoal de lá está adorando se ver na novela!
E sua rotina mudou muito por ter que gravar no Rio?
Nesse começo, com as primeiras gravações, sofro principalmente por não estar ao lado dos meus filhos. A gente sabe que precisa fazer certas renúncias, mas por eles viro mil Henris se for necessário.
Como é ser, agora, pai de menina?
Não mudei por ter uma filha, sou igual. Bobo do mesmo jeito, ajudo até na fralda… Como pai separado, acabo tendo que aprender na marra a fazer tudo isso mesmo (gargalhadas).
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Como é a parceria com o André Loddi, que faz o Raul? Vocês já se conheciam?
Está muito divertido, muito bacana. Não nos conhecíamos, mas nos surpreendemos com o entrosamento já nas primeiras preparações. O Raul não é um capacho do Gabo, mas um grande comparsa. Só que vocês ainda vão rir muito com os dois.
E a Letícia Spiller? Os personagens de vocês têm uma química incrível, não acha?
Claro, afinal o Gabo gosta de verdade da Soraya, mas digamos que é uma coisa bem carnal. O casal tem uma coisa de tesão e também de interesses em negócios. Chama a atenção porque tem muito pega-pega, tapas e beijos. E, no meio de uma discussão, rola uma vontade de se pegarem, de ficarem juntos.
Mas os dois parecem que guardam um segredo sobre a morte do pai do Benjamin (Maurício Destri). Será que têm culpa no cartório?
Gabo e Soraya já eram amantes e se casaram depois que o irmão dele morreu. Mas não sabemos como foi a morte, se foram eles que mataram, não existe ainda nenhum indício.
Vai tocar algum projeto durante as gravações da novela?
Não dá para fazer nada, nem teatro. Não consigo fazer as coisas ao mesmo tempo, tenho uma vida, filhos. Não tem como mesmo.
* Com colaboração de Guilherme Guimarães