Graziela Shmitt fala sobre a separação e os desafios do trabalho
A atriz desabafa sobre a nova fase da sua vida, conta como está superando os desafios na novela Amor e Revolução
“Eu e o Bruno (Ferrari) terminamos para preservar a história linda que vivemos!”, diz Graziela
Foto: Lourival Ribeiro / Divulgação – SBT
Quem chegar ao apartamento de Graziela Schmitt em São Paulo certamente ouvirá os acordes de Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, ou algum outro sucesso do final dos anos 60. A atriz, que interpreta a protagonista Maria de Amor e Revolução, do SBT, faz questão de mergulhar no universo da novela. Além de escutar muita música daquela época, ela vê filmes e lê livros que possam ajudá-la a compor com veracidade a personagem pela qual está completamente envolvida.
Graziela, 30 anos, estreou na TV aos 14 como paquita no programa Xuxa Park (1995), trabalhou como modelo, inclusive no exterior, e descobriu que queria mesmo era ser atriz. Fez Sandy & Júnior (2001) e Malhação (2004/2005 e 2009/2010), além de diversas participações em outras novelas globais. A estudante Maria da trama de Tiago Santiago é um grande desafio, que ela encara com muita dedicação.
Recém-separada do ator Bruno Ferrari, depois de quase sete anos de casamento, ela conta como está encarando esta nova fase em sua vida. Confira!
A Maria tem sido um presente ou um grande desafio para você?
Um presente e um desafio incrível. Ter essa personagem forte, intensa, apaixonada pelo que faz é um privilégio. E ela ainda é mais maravilhosa por representar pessoas que estavam dispostas a dar a vida por uma sociedade na qual todos pudessem viver com dignidade.
Deve ser uma imensa alegria, não?
Sim. Um dos papéis do artista é fazer pensar. E se a gente puder levar um pouco desse sonho de ter um país mais justo, que muita gente viveu e vive, já estará sendo uma alegria.
Qual foi o momento mais difícil até agora?
Viver a Maria me provoca e me instiga o tempo todo. O dia a dia com ela é desafiador.
Você precisou fazer alguma mudança visual radical?
Meu cabelo era loiro com mechas mais claras e um pouco de repicado. Deixamos escuro, uniforme e reto. Isso é mais de acordo com a Maria, que não frequenta salões de beleza, que coloca sua energia nos ideais.
Você é carioca?
Sou gaúcha, mas aos 12 anos me mudei para o Rio com minha família. Morava lá há 17 anos e agora estou em Sampa.
Como é a sua família? Vocês se dão bem?
Sim, embora eu não more mais com eles já há algum tempo. Meu pai se chama Luiz Augusto Kless e trabalha em banco com previdência. Minha mãe é pedagoga e está fazendo faculdade de psicologia; e meu irmão, o Luiz Gustavo, de 27 anos, é jornalista.
Quando foi morar sozinha?
Aos 22 anos. Depois me casei com o Bruno, mas nos separamos há dois meses, após seis anos e meio casados.
Como você está?
Estou bem. Foi a melhor decisão para nós dois. Terminamos para preservar a história linda que vivemos.
Junto de Bruno Ferrari, que foi seu marido, em Malhação (2004)
Foto: Oscar Cabral / Divulgação – Rede Globo
Sua separação teve a ver com o fato de Bruno estar sendo visto com a Paloma Duarte?
Não. Eu e o Bruno já não vínhamos bem como casal há um ano. A Paloma é nossa amiga. Eles estão ensaiando uma peça juntos. O Bruno até me ligou depois que foram fotografados, dizendo que não tem nada a ver.
E você está refazendo sua vida afetiva?
Acabei de sair de uma relação. Me desculpa, mas não pretendo ficar expondo a minha vida pessoal.
Então tá bom. Quando você começou na TV?
Aos 14 anos, trabalhando como paquita da Xuxa. Foi uma época incrível, aprendi a ter responsabilidade no trabalho, profissionalismo, dedicação.
Que lembranças tem da Xuxa?
Ela me ajudou. Como gosta de fotografar, fez meu primeiro book para eu trabalhar como modelo. Foi uma demonstração de cuidado, carinho. Ela tinha esta preocupação de saber o que as paquitas fariam quando saíssem do programa.
E o que você fez?
Quando eu ainda era paquita fui liberada para passar uns tempos trabalhando como modelo no Japão. Foi uma experiência muito legal estar do outro lado do mundo aos 17 anos. Fiquei lá dois meses e depois trabalhei bastante como modelo. Mas eu ia fazer o vestibular e entendi que não queria aquela vida para mim.
Você fez qual faculdade?
Cursei dois anos de jornalismo, depois fiz o técnico em artes cênicas e a faculdade de artes dramáticas, no Rio. Eu já tinha decidido que seria atriz. E logo estreei no teatro com a peça A Bela e A Fera; em seguida fui convidada para participar da série Sandy & Júnior, na qual fazia a Laila, a antagonista.
Qual sua expectativa em relação ao futuro?
Assim que terminarem as gravações da novela, em agosto, vou participar da divulgação do filme Teus Olhos Meus, no qual atuo. Vai estrear em setembro. É uma história de amor e trata dos encontros que acontecem na vida da gente. Depois quero fazer teatro. Já estou olhando algumas possibilidades muito interessantes.