Gal Gadot foi a grande homenageada de 2018 do prêmio #SeeHer do Critics’ Choice Awards, premiação que aconteceu na última quinta-feira (11), nos Estados Unidos. A honraria foi criada para celebrar mulheres que se movimentam para mudar os esteriótipos cinematográficos de gênero e a forma como elas são vistas e tratadas na sociedade, principalmente no cinema e na TV.
Ela foi escolhida por viver a empoderada super-heroína Mulher-Maravilha no filme que carrega o nome da personagem, além de toda a participação dela contra o machismo e principalmente a posição dela contra o preconceito e luta a favor da igualdade de gênero.
No palco, após ter sido introduzida por Patty Jenkins, diretora do filme, ela fez um discurso emocionante. “Ao longo da minha carreira, sempre me perguntaram qual era o meu papel dos sonhos. E sempre deixei claro que queria mostrar uma mulher forte e independente – uma real (como as mulheres são). A ironia nisso é que mais tarde eu fui escolhida para a Mulher-Maravilha, e todas as qualidades que eu procurava, achei nela”, disse.
Aqui está o vídeo dele inteiro, em inglês:
Confira o discurso na íntegra traduzido:
“Ao longo da minha carreira, sempre me perguntaram qual era o meu papel dos sonhos. E sempre deixei claro que queria mostrar uma mulher forte e independente – uma real (como as mulheres são). E a ironia nisso é que mais tarde eu fui escolhida para a Mulher-Maravilha, e todas as qualidades que eu procurava, achei nela. Ela é cheia de amor, força, compaixão e perdão. Ela vê o errado que deve ser corrigido; ela age quando todos ficam parados. Ela exige a atenção do mundo. E fazendo isso, ela se torna um exemplo positivo para a humanidade.
(A) Mulher-Maravilha também sofre peor seu amor e esperança, ela se confunde, fica insegura, e ela não é perfeita. E isso é o que a faz real. Nós queríamos que ela fosse universal, que fosse uma inspiração para todas as pessoas o redor do mundo, e o nosso plano foi que não darmos tanta atenção para o fato que ela é uma mulher.
Todo o processo de criação desse filme me inspirou, e eu espero que inspire os outros. Agora, quando eu comecei a atuar, tinham poucos filmes com mulheres como personagens principais, e ainda menos diretoras. Esse ano (2017), três dos filmes que mais arrecadaram foram com personagens principais mulheres, e um deles foi dirigido pela minha maravilhosa Patty Jenkins [os outros foram “A Bela e a Fera” e “Star Wars: Os últimos Jedi] e . E outros oito filmes no top 100 que foram dirigidos por mulheres. Então, mesmo que isso seja um progresso, ainda há um longo caminho pela frente.
Patty acabou de contar uma anedota para mim. Ela disse que alguém contou um menino de três anos viu o filme, e quando o filme terminou o menino disse: ‘Quando eu crescer, quero ser uma mulher!’ Então, artistas, como os que produzem filmes, eu acredito que o nosso trabalho não é apenas entreter, mas é nossa obrigação inspirar e educar para amar e respeitar.
Nas últimas semanas e meses, nós estamos vendo um movimento na indústria e na sociedade, e quero dividir este prêmio com todas as mulheres e homens que estão lutando pelo que é certo: lutando por todos aqueles que não podem se defender ou falar por si. Minha promessa e comprometimento com todos vocês é que jamais serei silenciada, e nós continuaremos: vamos nos juntar para avançar, nos unindo pela igualdade.”