Evandro Santo é a nova sensação do Pânico
Confira a entrevista do humorista que provoca risos com o personagem Christian Pior
Evandro começou a fazer humor aos 17 anos,
quando passou a fazer animação de festas
Foto: Divulgação
O humor irreverente e escrachado de Evandro Santo, 32 anos, o divertidíssimo Christian Pior do quadro Meda, do Pânico na TV, agradou o público de cara. Resultado: mineiro de Belo Horizonte, o ator, que está na telinha da RedeTV! há apenas dois meses, já é considerado uma grata revelação no meio artístico. A estréia de Pior na atração rolou na cobertura do casamento de Wanessa Camargo, em maio. E a cada domingo, o personagem, que extrapola nas críticas às roupas dos famosos, nas gozações e sempre tem uma resposta rápida, cresce em popularidade. Tanto sucesso, porém, não caiu do céu. Evandro está na estrada desde 1993. Fez centenas de telegramas animados em festas e eventos e se apresenta no teatro com o grupo Ab-surto. E sua história de vida é bastante sofrida. Nada, porém, que tire a alegria e o brilho desse guerreiro que nasceu no Dia Internacional do Palhaço, 10 de dezembro. tititi – Como surgiu a chance de entrar para a turma Pânico? Evandro Santo – Participei do quadro Ilustres Comediantes Desco-nhecidos, no programa de rádio deles, e foi um sucesso. Aí, um dia antes do casamento da Wanessa, Emílio Surita me convidou para criar um repórter-estilista e cobrir o evento.
E como é o Christian, ele tem uma história?
Ele é uma bicha cafona e deslumbrada de uma cidade do interior, que faz desfiles locais e quer ser amigo do povo chique (risos).
De onde surgiram os bordões “Joga no Google” e “Ovulei”?
O primeiro eu criei no meio de uma matéria com a Sabrina Sato. E “Ovulei” é fala da Janeide, uma personagem minha, uma brega-queen. Tem ainda um terceiro bordão: “Pára tudo e chama a Nasa”. Esse é da Andréa Barreto, que trabalha comigo.
O Christian é esnobe, tira sarro de todo mundo… Já criticaram você por isso?
Tem gente que confunde o ator com o personagem. Quando estou no metrô, algumas pessoas me olham estranho, como se dissessem: ‘Nossa, ele é tão metido e anda de metrô!’ (risos)
Quando você descobriu que sabia fazer humor?
Aos 17 anos. Eu trabalhava numa livraria, um rapaz disse que eu era engraçado e me chamou para fazer telegrama animado. Fiz o primeiro, o segundo, o terceiro e disparei a animar festas.
Esperava ficar famoso?
Não, sou um operário do humor. Já estava satisfeito por sobreviver fazendo o que gosto e por ter uma vida legal, conseguindo morar sozinho, viajar de vez em quando e sair pra passear.
O que o sucesso trouxe de bom?
A possibilidade de sair do aluguel. Até o final do ano vou comprar um apartamento. E trouxe também um estouro para o meu grupo de humor, o Ab-surto, que reestréia na quinta, 9, no teatro Crowne Plaza, em São Paulo.