“Sempre fui triste”, desabafa Monique
Foto: AgNews
As brincadeiras e o sorriso largo de Monique Evans, 53 anos, no “TV Fama” da RedeTV!, infelizmente, não têm correspondido ao atual momento da estrela. Na vida real, sozinha em sua casa em São Paulo, a ex-modelo e atriz afirma se entregar a uma tristeza profunda e avassaladora.
Vítima de depressão, a loira confessa que chegou a ponto de tentar cometer suicídio. E garante não sentir vontade de fazer mais nada. “Às vezes me esqueço até de comer”. Distante dos filhos, Armando Aguinaga, 30, e Bárbara Evans, 18, que moram no Rio de Janeiro, a única atividade que lhe dá prazer atualmente é o trabalho. Confira aqui mais detalhes dessa história comovente.
Há quanto tempo você tem depressão?
Acho que desde que nasci, pois sempre fui triste. Também tenho síndrome do pânico e DDA (distúrbio de déficit de atenção). Em decorrência disso, não posso mais dirigir sozinha porque erro até os caminhos de lugares que vou sempre. Daí, nessas ocasiões, fico desesperada e choro, mas as pessoas me reconhecem na rua e falam: “Ah, tão linda e chorando…”. Aí eu me sinto pressionada e meu estado só piora.
Mas no vídeo você parece tão animada…
Lá é uma personagem. Na hora em que estou gravando junto todas as minhas forças para que fique excelente. Ainda que no outro dia eu esteja cansadérrima, me dedico ao máximo naquele momento.
Você se sente sozinha?
Bastante. Meus filhos, Armando e Bárbara, moram no Rio. A caçula vive com mamãe (dona Conceição Néri). Estou muito frágil e se as duas estão juntas, cuidando uma da outra, me sinto mais tranquila. Eles não vêm para cá, mas quando vou ao Rio a gente se vê. Meu pai, Léo Victor, morreu com 53 anos, sozinho e depressivo. Me reconheço muito nele, tenho medo de acabar da mesma maneira.
Tem saído de casa?
Há três meses estou enfrentando uma fase difícil na doença. Não tenho vontade de fazer nada, nem de ir à academia.
Alguma vez, em função da doença, chegou ao ponto de tentar tirar a própria vida?
Já (ela diminui o tom de voz e permanece em silêncio por alguns segundos).
E o que a fez desistir da ideia? Seus filhos?
Não, na época não tinha filhos… (ela fica alguns segundos em silêncio)… E nesses momentos a gente não pensa, né?! Mas não queria mais falar sobre isso…
É verdade que está fazendo novos exames?
Desde que tive o câncer de pele, há uns 12 anos, passo por uma bateria de testes periodicamente. Na ocasião, os médicos me deram apenas quatro anos de vida. Sobrevivi, graças a Deus, porém desde então tenho ficado de olho para saber se está voltando ou não…
O que falta na sua vida?
Saúde e um homem, porque nunca tive um para me ajudar de verdade. E não digo financeiramente, mas para me dar apoio, me auxiliar com as minhas coisas. Até me cadastrei em um site de relacionamentos na internet, quero arrumar um estrangeiro.
É verdade que pretende escrever um livro biográfico?
Vários, porque minha história não cabe em um só. Quero que a Bárbara saiba mais sobre mim e sinta orgulho de ver que não sou rica, mas sempre fui digna. Nunca fiz o teste do sofá, por isso não estou na Globo ganhando uma grana. Ela tem mais é que andar de cabeça erguida.
Você tem medo que a Bárbara passe por situações como essas?
Ela é muito chata, antipática (risos), ninguém vai tentar nada com ela. Bárbara não dá nem chance.
O que a distrai?
Além do trabalho, adoro reality shows. Assisti “A Fazenda” (da Record) inteiro! Quando começar o “Big Brother”, em janeiro, e os dois estiverem juntos no ar, ficarei maluquinha. Vou ter de comprar mais uma televisão… (risos).