Dudu Azevedo, que faz um dos pilotos bonitões de Flor do Caribe
Foto: Reprodução
Piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB). Essa é uma profissão que geralmente mexe com o imaginário dos meninos desde bem pequenos. Porém não foi o que aconteceu com Dudu Azevedo. Apesar de admirar o trabalho de seu personagem na trama das 6, de Walter Negrão, o ator esclarece que o militarismo não combina com ele. Reservado, Dudu, de 34 anos, só perde o bom humor quando é perguntado se está solteiro. “Vamos fazer perguntas mais originais, por favor!”. Então, tá!
Como foi voar num caça?
Foi bastante enjoativo (risos). A gente até leva um saquinho na manga para qualquer emergência. Mas as maiores dificuldades foram entrar na roupa, que é um colete antigravidade bem apertado, e também caber no cockpit (cabine) do caça. Nós viajamos no Super Tucano, que é um avião antigo, mas ainda bastante usado. Fora que voamos num paraíso, Natal (RN), que é um lugar sensacional. E admirar os quatro caças interagindo foi incrível.
Sentiu medo em algum momento?
Olha, medo particularmente não tive! Tudo era novidade pra mim e eu não sabia como seria, mas foi muito tranquilo. Estávamos com os caras que trabalham com isso o tempo inteiro e que são treinados para pilotar em combate. E isso nos transmitiu muita segurança. Apesar de saber que não estávamos livres do acaso.
Vocês tiveram treinamento especial para situações de emergência?
Sim, claro! Tivemos aula para aprender a ejetar e, nesse momento, falei: “Ih, tem essa possibilidade mesmo, né?”(risos). Ficamos pendurados numa sala, onde eles nos orientaram em relação a como deveríamos proceder com o paraquedas, caso um imprevisto ocorresse e tal. Foi 99% uma experiência muito bacana e talvez 1% preocupação.
E treinamento físico?
Físico, não. Eles aliviaram os atores. A gente quase finge (risos).
Onde buscou referência para compor seu personagem?
Além das conversas que tive com alguns militares, também busquei inspiração nos filmes.
Você tem alguma característica em comum com o Amadeu?
Essa pergunta é sempre muito difícil. Isso vamos descobrindo conforme o andamento da novela, que é uma obra aberta. Ainda não me identifiquei com nada…
O que acha mais interessante nele?
Com certeza é entender como funciona a vida dos militares, a carreira deles. Tudo isso é muito interessante e rico. Eu, inclusive, acredito ser quase um dom! A escolha pelo militarismo é um ideal de vida, e isso é muito bonito.
Os atores Thiago Martins, Max Fercondini e Dudu Azevedo em cenas de Flor do Caribe
Foto: TV Globo/Divulgação
Quanto tempo vocês ficaram fazendo laboratório na base da FAB?
Ficamos uma semana e meia. Lá, fomos orientados por militares, tínhamos uma pessoa encarregada de nos atender, enfim… Recebemos também umas cartilhas, mas a observação foi o elemento fundamental.
O que espera desse trabalho?
Os personagens trazem muitas experiências para nós, atores, e eu não perco a oportunidade de amadurecer com cada um deles. A novela está só começando, e acho que o Amadeu ainda vai revelar a que veio na trama. Teremos algumas surpresas…
Você ainda pratica lutas?
Continuo treinando, só não no mesmo ritmo de antes. Até porque este personagem exige outro biotipo e estou focado no perfil do piloto. Fora que preciso me livrar um pouco do lutador Wallace Mu – da novela Fina Estampa (2011) -, que ficou. Isso já passou, agora o momento é outro.
Caso não fosse ator, o militarismo seria uma opção de carreira?
Para mim, Dudu, não! Particularmente nunca tive a menor inclinação ou desejo de seguir nenhuma carreira militar. Mas também devo confessar que estou sendo surpreendido pelo personagem. É como eu disse, você precisa ter vocação, deve possuir o dom para seguir essa carreira. Me sinto capacitado para contar a história de um militar, mas na vida real eu não seria a pessoa certa para a profissão.
Em Flor do Caribe, Amadeu ainda está solteirinho da silva. E você?
Essa é aquela típica pergunta que não quer calar, não é?! Que estava ruim do coração era o Wallace Mu, o Amadeu não tem esse problema, não (risos). Não, gente. Vamos fazer perguntas mais originais, por favor!
