A humorista Cláudia Rodrigues revelou em entrevista ao programa Espetacular, da Rede Record, que o suicídio já passou pela sua cabeça: “Pensei em tirar a minha vida, mas não penso mais. Cheguei perto”, disse. A atriz foi diagnosticada com esclerose múltipla em meados de 2000. Nove anos depois, com sintomas mais intensos, Cláudia precisou sair do seriado A Diarista, da Rede Globo, no qual fazia sucesso como a divertida doméstica Marinete. A estrela, que enfrentava dificuldades para falar e para andar, ficou afastada dos estúdios e entrou em depressão. Contou que não saía de casa e vivia em isolamento. Foi nesse período que chegou a cogitar tirar a própria vida.
Dois anos depois, já em 2012, conseguiu controlar os sintomas por meio de um tratamento multidisciplinar e recebeu liberação médica para trabalhar. A volta foi no Zorra Total, como a personagem Sirene, também na Rede Globo. Mesmo sem contrato, a emissora se encarregou de todas as despesas com o plano de saúde.
Hoje, ela se recupera de uma crise que teve em junho, mas já faz planos para voltar ao teatro no primeiro semestre de 2016.
Entenda a esclerose múltipla
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que compromete o sistema nervoso central. Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, a faixa de maior incidência é dos 20 aos 40 anos.
O mal tem origem autoimune: as células de defesa do organismo atacam a capa de gordura que envolve as ramificações dos neurônios, chamada de barrinha de mielina, com o objetivo de protegê-las e facilitar a propagação de estímulos. Com essa agressão, entretanto, ela se inflama e os impulsos nervosos ficam enfraquecidos – é quando os surtos acontecem.
Causas
A herança genética, quando há histórico na família, aumenta o risco de quatro a cinco vezes. Além disso, fatores ambientais, como infecções virais, falta de exposição ao sol e tabagismo também já foram apontados como possíveis causas para a esclerose múltipla. Uma pesquisa da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, publicada em julho no periódico Neurology, ainda demonstrou que o estresse também pode desencadear ou intensificar as crises.
Sintomas
O problema começa a se manifestar com sintomas simples, geralmente relacionados à falta de sono ou excesso de trabalho. Leve dormência no braço, formigamento na perna, fraqueza ao segurar um copo, suave tremor nas mãos ou ligeira dificuldade para escrever, caminhar e falar são alguns deles. Além disso, sinais mais intensos, como paralisia de parte do corpo ou perda da visão, também são sinais claros de alerta.