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Conheça o transtorno da dislexia

Saiba como perceber a disfunção, quais dificuldades causa e os cuidados necessários

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 13h54 - Publicado em 23 out 2008, 21h00
Raquel Borges (/)
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Clarissa de Duas Caras sofre de 
dislexia, disfunção que atinge 
15% da população mundial
Foto: Divulgação / Rede Globo

Embora tenha inteligência normal, a delicada Clarissa, personagem de Bárbara Borges na novela Duas Caras, tem enorme dificuldade para ler, escrever e assimilar as palavras. Ela é disléxica como cerca de entre 10% e 15% da população mundial. Para estudar e se dar bem no vestibular, a jovem conta com a ajuda da mãe, Célia Mara, interpretada por Renata Sorrah. Tititi conversou com a psicóloga Maria Inez Ocanã De Luca, da Associação Brasileira de Dislexia, a ABD, em São Paulo. Ela explica o que é a dislexia e indica o que deve ser feito quando é detectada. Confira a entrevista:

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tititi – O que é a dislexia?
Maria Inez De Luca – É uma disfunção neurológica e hereditária. Se o pai ou a mãe tem, o filho e o neto também poderão ter. É uma dificuldade de decodificação na leitura e na escrita. A pessoa que sofre desse transtorno processa de uma forma diferente aquilo que lê e, ao escrever, troca letras ou omite palavras. (Exemplo: Ela pode ouvir vaca, processar como faca e escrever faca). Acaba juntando o que não é para juntar e separando o que não é para separar. (Exemplo: O gato subiu no telhado, ela poderia ler assim: O ga tosubiu no telha do). Isso dificulta a compreensão.

Como perceber se uma criança é disléxica?
A gente começa a notar o problema no período da alfabetização. A criança disléxica é mais lenta que a outra, comete erros de português impróprios para a idade, e vive distraída porque ainda está tentando processar as informações. O aluno que tem esse transtorno é disperso e, por ter dificuldade na aula, torna-se o brincalhão da classe. Ou, então, inventa sintomas como dor de cabeça, de estômago e outras formas de resistência para não ir à escola. Por isso, desconfie quando a criança é esperta demais e passa a não gostar de estudar.

Em que idade fica mais fácil detectar essa situação?
Se pais, tios, primos e outros parentes até a segunda geração têm dislexia, é preciso ficar de olho. Se o bebê apresenta atraso na fala, no andar, na coordenação motora, é necessária uma avaliação neurológica para detectar eventuais problemas. Mais tarde, deverão ser feitas novas análises para, aí sim, saber se é ou não dislexia.

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Que especialista procurar?
Os pais ou responsáveis devem buscar entidades especializadas que ofereçam uma equipe multidisciplinar, assim como a ABD. Será preciso uma avaliação neurológica, audiométrica, oftalmológica, psicológica, psicopedagógica e fonoaudiológica, para que não restem dúvidas de que o problema é esse mesmo, e não outro.

Tem cura ou algum tratamento?
A dislexia não tem uma cura, mas pode e deve ser tratada, sim. Se tiver um acompanhamento desde a infância, a pessoa poderá melhorar 80% de sua compreensão. Mas é preciso criar estratégias de leitura e escrita para essa criança. Ela vai aprender dicas de fonética, de grafia e passar a perceber o jeito como o som sai da boca por meio do movimento dos lábios. Esse é um dos truques que faz a diferença.

A senhora pode explicar?
A principal característica dos disléxicos é a dificuldade de fazer a relação entre a letra e o som (grafema-fonema). Na terapia será enfatizado o sistema fônico. Deve-se também treinar a memória imediata, a percepção visual e auditiva. É sugerido que se utilize ao máximo todos os sentidos. Um exemplo básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve. O disléxico assimila muito bem tudo o que é vivenciado concretamente.

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