Cleo Pires fala de traição e comemora o papel em “Salve Jorge”
Foto: TV Globo/Divulgação
Pelas mãos da autora Gloria Perez, Cleo Pires estreou sua primeira novela aos 23 anos. A experiência foi nitroglicerina pura! A bela novata, filha de Gloria Pires e Fábio Jr., vivia a provocante ninfeta Lurdinha, de América (2005), que descaradamente seduzia o pai de sua melhor amiga.
Agora, aos 30 anos, com seis novelas na trajetória e condição de estrela consagrada, ela vem fazendo o maior sucesso em Salve Jorge na pele de Bianca, uma mulher moderníssima, capaz de mudar inteiramente a vida em nome de uma paixão. Apontada como uma das brasileiras mais sensuais, Cleo vem dando conta do recado lindamente. As cenas de amor de Bianca com Zyah, papel de Domingos Montagner, são de tirar o fôlego!
Casada com o publicitário João Vicente de Castro, Cleo não se esquiva e fala tranquilamente sobre ciúme, casamento, família, planos e o amor pelo ofício de interpretar, como você vê nesta entrevista deliciosa e exclusiva!
A Bianca se interessou por outro homem às vésperas do casamento e traiu o noivo… Como vê isso?
Cleo Pires Acho essa palavra horrível: “traição”!
Mas já viveu uma situação dessas?
Todo mundo já viveu uma situação de traição. Principalmente quando você é mais nova, ainda não se encontrou direito e parece que o mundo vai acabar amanhã. Isso acontece bastante com muita gente.
Você já traiu, Cleo?
Já traí e fui traída. Mas podemos usar outra palavra…
Essa questão de relacionamento é complicada pra todo mundo, não é?
É, porque tem muitas nuances, nada é preto no branco.
Você tem feito cenas calientes com o Domingos Montagner. Seu marido tem ciúme?
O João trabalha muito e não é de ficar assistindo à novela. E entende meu jeito de mergulhar nas coisas. Eu sou mesmo muito intensa.
Voltando um pouco… O que considera traição?
Não sei… Muita coisa. Escreveria um tratado, não dá para responder essa pergunta. Vamos falar de coisas mais simples?
Você ousou no visual ao ficar loira. Foi para combinar com a personalidade da Bianca?
Não, eu quis ficar loira. Mas do jeito que fiz, claro desde a raiz, a equipe da novela não gostou muito. Acabei gostando desse loiro da Bianca.
Por que queria mudar?
Não sei. Fiquei loira antes da personagem. Acho que fiz muitas coisas de cabelo preto que foram intensas, tipo Araguaia (2010), As Brasileiras (2011), a Ana Terra do filme O Tempo e o Vento (2012)… Realmente não aguentava mais a minha cara (risos). Achei que podia ser a cor. E foi. Estou amando meu novo visual.
E qual é seu estilo pessoal?
Sou totalmente obsessiva. Há anos a coisa que mais amo usar é bota, calça jeans e branco ou preto. Dá certo e é fácil. Para sair à noite, opto sempre pelo estilo clássico. Não gosto de ficar inventando moda.
Você passará a dançar nessa nova fase da trama… Como se preparou?
Estou fazendo aula de dança oriental com Patrícia Passos, que também é antropóloga. Tudo que ela faz tem muita razão de ser historicamente. O que um determinado gesto da dança significa no Egito, no flamenco, num harém… Eu adoro essas coisas, pois sou totalmente a pessoa do porquê. Sou bem chata (risos).
Como avalia os primeiros passos na carreira de atriz das suas irmãs Antonia, que entrará em Guerra dos Sexos, e Ana, que estreou em As Brasileiras?
Acho bem emocionante! É lindo, tem uma coisa meio família de circo. Se eu fosse minha mãe estaria me rasgando inteira. Não sei como vai ser quando aquela criança (Antonia) começar Guerra no estúdio ao lado do meu. Não sei o que vai acontecer comigo.
E como analisa a sua carreira?
Amo muito o que faço. Tenho respeito pelo fato de estar concentrada naquele universo e entregar um trabalho bom. Quero apenas olhar e falar: Fiz o meu melhor. Muitas vezes acho um trabalho ótimo na hora e após anos revejo e digo: Nossa! Decididamente eu não sabia o que estava fazendo. Estava louca (risos)!. Ou acho uma droga na hora e um tempão depois acho maneiro. É assim!