Isabel Filardis se incomodava com
o mundo à volta e resolveu reagir
Foto: Reginaldo Teixeira
Uma sensação de incômodo “com o mundo à sua volta” motivou a atriz Isabel Filardis a agir. “Vi uma reportagem sobre uma catadora de lixo e pensei: Puxa, dá para ganhar dinheiro assim? Então, vamos ajudar as pessoas a terem uma vida melhor.” Dessa forma nasceu, em 2003, a ONG Doe Seu Lixo, que vende material para a reciclagem – são 380 toneladas por mês. “Temos mais de 500 pessoas de baixa renda trabalhando conosco”, comemora Isabel.
Durante as gravações da minissérie Amazônia, Christiane Torloni, Victor Fasano e Juca de Oliveira viram de perto o problema do desmatamento. Revoltados, passaram à ação: rodaram o Brasil coletando assinaturas para o manifesto Amazônia Para Sempre. Em maio de 2008, o projeto conseguiu 1 milhão delas, dando representatividade legal ao documento. Assim, poderão exigir do presidente Lula iniciativas para a preservação da floresta.
O rosto de galã o tornou conhecido, mas um de seus papéis preferidos o público desconhece: Marcos Palmeira defende a questão ambiental e indígena. Dono de uma fazenda, passou a cultivar orgânicos e a criar gado, porcos e cavalos – tudo integrado num sistema auto-sustentável, no qual consomem o que produzem, sem desequilibrar o ambiente. A experiência foi, então, passada aos índios xavantes, no Mato Grosso. Resultado: o índice de mortalidade infantil, por exemplo, diminuiu.
Deixa a Vida Me Levar é uma de suas músicas mais cultuadas. Mas pelo visto, na prática, Zeca Pagodinho não cultiva a passividade. Prova disso é o Instituto de Educação Artística de Xerém, projeto social desenvolvido na Baixada Fluminense, no Rio, desde 1999, que atende garotos de 5 a 17 anos. Lá, aprendem música erudita e MPB. “Hoje, mais de 300 crianças têm aulas práticas e teóricas de música e ainda recebem cesta básica, lanche e tratamento dentário” conta Zeca.