Anitta tem as repostas na aponta da língua e nenhuma timidez em admitir que pela primeira vez ficou sem ideia para o seu novo clipe, BANG!. O ‘’branco’’ deu lugar a uma parceria com o diretor artístico Giovanni Bianco, responsável pelas últimas capas da Madonna.
Em um dia superagitado e cheio de compromissos, entre eles o lançamento do clipe BANG, Anitta falou à ESTILO sobre a sua aproximação com o mundo da moda, parceria com Giovanni Bianco, amizade com Ricardo Tisci e autoaceitação.
Qual a maior diferença de BANG?
Esse clipe vem bem tecnológico, é um clipe bem diferente de todos que eu já fiz. Costumava roteirizar, produzir. Pela primeira vez, não me meti em nada. Contratei o Giovanni Bianco e o Bruno Ilogfti e deixei eles livres.
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Como foi trabalhar com o Giovanni, como vocês chegaram ao conceito final?
Pela primeira vez, não tive uma ideia. Pela primeira vez , não consegui pensar em nada. Falei para Marina (Morena) que estava difícil ter uma ideia e ela sugeriu que eu falasse com o Giovanni, que conheci num jantar com o Pedro Lourenço. Liguei pra ele, a gente conversou muito e chegamos nesse resultado maravilhoso.
Então foi um movimento natural e não pensado para ganhar o mercado internacional?
Foi natural mesmo. Costumava ter minhas ideias e não estava conseguindo. Então, pensei em ter alguém para ter as ideias pra mim. Ele superembarcou no meu trabalho. E fiquei superfeliz.
Com esse resultado você vai querer trabalhar com outros diretores criativos ou vai continuar criando seus trabalhos?
Cada trabalho de uma vez. Já tenho ideias para os outros singles. Mas também gostaria de trabalhar de novo com Giovanni.
Qual imagem você quer passar com este trabalho?
Não é uma questão de imagem, é uma questão de renovar o meu trabalho. Embora pareça bastante pela quantidade que produzo, tem pouquíssimo tempo que comecei a minha carreira. Há 2 anos, lancei o show das poderosas. É mais uma preocupação de manter o público bem alimentado do que mostrar uma nova imagem.
Não é uma questão de imagem, é uma questão de renovar o meu trabalho
Desde o Grammy, você vem chamando a atenção do mundo da moda, dos fashionistas…
O Riccardo Tisci me vestiu no dia do Grammy. Ele escolheu tudo. Eu estava na loja da Givenchy e ele ia dando opiniões.
Você conheceu o Riccardo Tisci. Como foi o encontro?
Conheci o Riccardo através da Marina Morena, e eu fiquei encantada com ele. Ele é humilde, alto-astral. A gente dá muito gargalhada junto. Ele é maravilhoso. Fiquei apaixonada. O mesmo aconteceu com o Giovanni. Fiquei bem feliz com a oportunidade de conhecer essas pessoas porque mudou a minha vida, mudou minha concepção de moda, mudou tudo.
Quando você redescobriu o seu gosto por moda?
A partir do momento que fui conhecendo pessoas ligadas à moda. Encontrei uma stylist que consegue entrar em todos os meus mundos. Tem dias que quero estar mais seria porque sou minha própria empresária. Às vezes, quero me vestir mais divertida, mais menina. Tenho público de todas as idades e de todas as classes sociais. A Carol Roquette entendeu essa minha necessidade. Tipo uma camaleoa, cada dia de um jeito.
Mia, Rihanna, Miley Cirus, Nicky Minaj investem em grifes e têm seus estilistas preferidos. Quais são os seus?
Meu estilista preferido é o Jeremy Scott. Fiquei muito feliz com os looks que eles mandaram pro meu clipe Deixa ele Chorar. Eu também compro, claro… mas eles mandam até coisa de passarela! Sou apaixonada por ele. Eu amo o Riccardo Tisci, não só o trabalho, mas a pessoa.
Tem como você ser bonita sem ter o corpo da capa da revista.
Você faz parte de um time que está mudando o padrão de beleza na moda… como você vê essa aceitação das mulheres reais, quero dizer, diferente do padrão das modelos?
Estamos em 2015, as pessoas precisam entender que existe gente de todo o tipo, que tem como você ser bonita sem ter o corpo da capa da revista. Você pode ser bonita do seu jeito. Sem seguir algum padrão de beleza ou de magreza. A gente tem que se gostar do jeito que a gente é, independente do que a gente vê na TV. Cada um tem seu padrão de vestir, de corpo. A gente precisa se aceitar e se gostar. A partir do momento que você se gosta as pessoas acabam te vendo com os outros olhos.
Mas temos liberdade de não gostar de algo e mudar, não é?
Liberdade para mudar ou não mudar. O corpo é nosso e a gente faz o que quiser. Desde que não esteja violando o espaço do outro. Desde que seja saudável. Não devemos nos incomodar com que o outro vai pensar, você tem que se preocupar com o que vai fazer você feliz.