7 razões para ver ‘Coisa Mais Linda’, nova série brasileira da Netflix
Boa música, personagens inspiradoras e um figurino incrível são alguns dos pontos altos de "Coisa Mais Linda".
“Coisa Mais Linda”, que estreou nessa sexta-feira (22), é a mais nova produção brasileira da Netflix. Protagonizada por Maria Casadevall, essa é a primeira série de época feita pelo serviço de streaming aqui no país.
A série mostra a trajetória de Malu, uma mulher paulistana que ia abrir um restaurante com o marido no Rio de Janeiro. Só que, chegando à capital carioca, ela descobre que o cara não apenas sumiu, como também levou toda a grana que pertencia ao dois. Detalhe: isso acontece em 1959, quando as mulheres tinham bem menos autonomia do que nos dias de hoje. Depois do baque, Malu vai ter que se virar e, para sua sorte, ela encontra aliadas maravilhosas pelo caminho.
Ainda está em dúvida se vale a pena dar o play? Então a gente te mostra sete razões para assistir a “Coisa Mais Linda” o quanto antes.
As personagens são muito inspiradoras
A saga de Malu fala muito sobre o machismo do final dos anos 1950, que obviamente era ainda maior do que o que nós enfrentamos hoje. A protagonista resolve que vai desistir do restaurante e abrir um clube de música, só que todo mundo duvida que ela vai conseguir.
Adélia é a personagem que ajuda Malu na empreitada desde o início. Mulher negra, ela mora em um morro carioca e faz com que a protagonista reflita sobre os privilégios que tem por ser branca e ter nascido em uma família rica.
Outra personagem, a Thereza, é jornalista em uma revista feminina e trabalha rodeada de colegas homens. Trata-se da única mulher a escrever na publicação, só que ela se impõe lindamente.
Fechando o time central de personagens femininas, Ligia é esposa de um político importante e ela parece ter tudo o que sonha. Só que seu grande desejo é ser cantora, coisa que o marido não aceita. Apoiada pelas outras mulheres, ela passa a rever o que é realmente importante em sua vida.
A série é visualmente linda
Os figurinos e os cenários trazem todo o charme do fim dos anos 1950 e início dos 1960. As cenas externas, que mostram a cidade, às vezes são um tanto quanto artificiais, mas isso não chega a atrapalhar a experiência de assistir à série. Isso porque um clima poético está presente em boa parte das imagens e a iluminação dourada ganha destaque – ao estilo do filtro Valencia do Instagram.
Como um todo, as imagens são muito bonitas e se você curte moda vai se apaixonar pelos looks!
O elenco traz atores que a gente adora
Maria Casadevall está muito bem acompanhada, pois o quarteto principal conta ainda com Pathy Dejesus (Adélia), Mel Lisboa (Thereza) e Fernanda Vasconcellos (Ligia) – que também trabalhou em “3%”, lembra? No time masculino o destaque vai para o sempre carismático Ícaro Silva.
A musicalidade é muito gostosa
O título e a sinopse da série já entregam: a música tem um papel muito importante na trama. Vitrolas aparecem em diversas cenas e as apresentações ao vivo também têm grande espaço.
A trilha sonora é ótima e tem desde Ella Fitzgerald até Cazuza. Bossa nova, samba e jazz são os estilos musicais em destaque.
A sororidade ganha bastante espaço na trama
Mais do que trazer uma história sobre mulheres inspiradoras, “Coisa Mais Linda” mostra essas mulheres apoiando umas às outras. Antes mesmo da amizade o que brota nelas é o sentimento de que juntas são mais fortes. E isso é retratado de uma maneira amarradinha, sem parecer forçado.
E também há boas reflexões sobre racismo
A personagem Adélia é um destaque à parte na trama. Todas as mulheres do quarteto principal têm que encarar o machismo de frente, mas Adélia é a única que precisa enfrentar também a pobreza e o racismo.
Dá só uma olhada nesse diálogo de arrepiar:
E mesmo assim a série consegue ser leve
“Coisa Mais Linda” traz temas importantes, mas a trama tem fluidez e muito carisma. Apesar das dificuldades que encontram pelo caminho, as mulheres da série são batalhadoras e conseguem seguir em frente com um sorriso no rosto.
Dá vontade de saber mais sobre elas a cada episódio e é bonito de ver as quatro superando obstáculos, ao mesmo tempo em que se tornam cada vez mais unidas.