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Em campanha, 500 mil mulheres admitem já ter sofrido abuso sexual

Em pouco mais de 24 horas, meio milhão de mulheres já uniram-se à campanha através da hashtag #MeToo (#EuTambém).

Por Júlia Warken
Atualizado em 17 jan 2020, 14h10 - Publicado em 16 out 2017, 17h05
A atriz Alyssa Milano foi a primeira celebridade a impulsionar a campanha (Randy Shropshire/Stringer/Getty Images)
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Desde o dia 5 de outubro, Hollywood está fervendo por conta de um grande escândalo denunciado pelo New York Times e pelo New Yorker. Em depoimentos a essas duas publicações, diversas mulheres revelaram ter sido assediadas – e até estupradas – por Harvey Weinstein, um dos produtores mais influentes da indústria cinematográfica.

Depois disso, várias outras mulheres uniram-se ao coro, incluindo atrizes do calibre de Angelina JolieGwyneth Paltrow. Com a repercussão, Harvey chegou a ser demitido do estúdio que fundou ao lado do irmão, Bob Weinstein, e foi expulso da Academia do Oscar.

Por conta da enorme repercussão, o escândalo e está abrindo os olhos do mundo inteiro. Com isso, a atriz Alyssa Milano impulsionou uma campanha através do Twitter, convocando outras mulheres a responderem “me too” (eu também), caso já tenham sido vítimas de abuso sexual.

Leia mais: Vítima de assédio em ônibus alerta para truque usado por agressor

“Sugerido por uma amiga: se todas as mulheres que já foram assediadas ou abusadas sexualmente escreverem ‘Eu também.’ como status [da rede social], talvez a gente possa dar às pessoas uma noção da magnitude do problema”, publicou ela, junto com a chamada: “Se você já foi assediada ou abusada sexualmente escreva ‘eu também’ como resposta a esse tuíte”.

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E a ideia deu certo! Além de milhares de respostas ao tuíte, a hashtag #MeToo também está bombando e cerca de 500 mil mulheres já se uniram à campanha em pouco mais de 24 horas. Dentre elas estão celebridades como Lady Gaga, e as vencedoras do Oscar Anna PaquinPatricia Arquette.

Em um desabafo doloroso, Evan Rachel Woodque já havia falado sobre os estupros que sofreu – escreveu: “Ter sido estuprada da primeira vez fez com que fosse mais fácil ser estuprada novamente. Eu instintivamente me fechei. Meu corpo se lembrava, então me protegeu. Eu desapareci”. Em campanha, 500 mil mulheres admitem já ter sofrido abuso sexual

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