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“Não é neura”: Renata Vanzetto estimula mães após diagnóstico do filho

Em depoimento exclusivo a CLAUDIA, a chef Renata Vanzetto conta como percebeu o atraso de desenvolvimento do filho e como buscou ajuda

Por Renata Vanzetto
Atualizado em 29 abr 2021, 10h58 - Publicado em 27 abr 2021, 17h58

“Comecei a reparar mais no meu filho, no início da pandemia, quando passamos a ficar juntos todos os dias por três meses. Eu e Cassiano trabalhávamos muito, por isso quem ficava mais com Ziggy era a babá, o que fazia a gente não ter muita noção do possível diagnóstico.

Ele tinha acabado de fazer dois anos nesse período, mas desde um ano e meio eu suspeitava, já que meu filho não havia desenvolvido a comunicação não verbal, que na maioria das crianças observamos, como apontar, dar tchau, bater palma.

Meu menino tem um medo extremo de muitas coisas do cotidiano, momentaneamente é natural as crianças terem medo de aspirador, liquidificador, motor de carro e barco, mas, mesmo depois de acostumado com os sons, ele se assustava.

Então, fui juntando as peças e percebi que ele não falava mamãe e papai, mas sabia falar todas as letras do abecedário, a numeração da placa do nosso carro, e dizia ela simplesmente ‘do nada’.

Ele só olhava nos nossos olhos, que somos os pais dele. Só brincava com os primos, outras crianças não, fora o medo dos barulhos de coisas do cotidiano.

A especialista em desenvolvimento Mariana Granato, após ver vários vídeos que mandamos do nosso filho, disse que ele parecia ser muito esperto e, com certeza, a inteligência intelectual estava preservada. Porém, teria alguns sinais que sugeririam o autismo e seria adequado iniciar a intervenção precoce.

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Após consultar essa profissional, iniciamos terapias em casa com fonoaudiólogo, práticas esportivas, como natação, e o início das aulas online na escolinha.

Já fomos a três neurologistas, falamos com a especialista em desenvolvimento, mas mesmo assim não foi fechado o diagnóstico dele. Por ser muito difícil, o leque é gigantesco e ele apresenta algumas características que não entrariam no espectro.

Mesmo assim, meu filho ainda tem vários problemas sociais, não gosta de ambiente com muita gente, é muito vergonhoso, tem dificuldade de interagir com crianças da faixa etária dele…

Apesar de hoje já falar e ter um repertório normal de palavras, ele tem dificuldades para responder perguntas que não são visuais. Se apontarmos uma cor, ele vai saber responder, agora se perguntarmos: ‘Ziggy, você foi na escola hoje?’, mesmo tendo ido, ele não vai conseguir dizer.

No período breve em que as aulas voltaram, Ziggy se desenvolveu muito bem, mas quando voltou a ficar em casa isso meio que o confundiu. Alterações de rotinas geram muito nervoso nele, se sente perdido, é muito difícil lidar. Com certeza a pandemia não favorece em nada crianças como o meu filho.

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Tenho certeza que muito disso foi pelo nosso olhar precoce pela busca por ajuda. Me expus para falar com outras mães, que elas não devem achar que é “neura” da cabeça delas ver que a criança está demorando para falar, andar…

Ouvi muito de familiares que cada criança se desenvolve no seu tempo, mas sempre devemos levar ao médico para ver se realmente está tudo bem, e acompanhar o crescimento dos nossos filhos.

Antes, nem eu mesma sabia da doença, já que tinha na mente os estereótipos dos filmes, mas não é bem assim, existem várias formas de autismo por isso é necessário ter atenção a cada sinal.”

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