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Nomofobia: o vício em estar no celular o tempo todo

Calma, você não está sozinha nessa. Os adolescentes estão mesmo cada vez mais dependentes desses aparelhos. Saiba o que fazer

Por Gustavo Curcio (colaborador)
Atualizado em 11 abr 2024, 20h19 - Publicado em 6 jun 2015, 13h30
Thinkstock/Getty Images (/)
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Ele não desgruda do aparelho nem na hora de comer? Está o tempo todo digitando alguma coisa? Quando a bateria dá sinais de que vai acabar, ele surta se o carregador não estiver por perto? Você não é a única mãe de adolescente que vive esse tipo de drama em casa. Eles estão mesmo muito grudados nesses aparelhinhos e deixando os pais de cabelo em pé! Segundo a psicóloga Daniela Chagas, tudo bem usar o celular de vez em quando, desde que o hábito não atrapalhe as demais atividades, principalmente as que envolvem interação com os amigos. “O celular dá a falsa impressão de estarmos sempre acompanhados, sem a necessidade de envolvimento real com outras pessoas”, explica. A pedagoga Mariângela Chenta, no entanto, alerta as mães que estão pensando em sumir com o aparelho: “Proibir é impossível e desnecessário. Quando utilizado de maneira saudável, ele pode trazer benefícios”, diz. Aprenda a orientar seu filho a usar o celular de um jeito mais consciente!

Esse vício existe e tem nome: nomofobia

Segundo Daniela, vício é qualquer dependência física ou psicológica que impeça alguém de controlar seus impulsos. “No caso da nomofobia (medo de ficar sem celular), a pessoa não consegue viver longe do aparelho e, quando isso ocorre, ela fica extremamente ansiosa”, explica a especialista.

7 sintomas que podem ajudar a identificar o problema

  • Tem necessidade de manter o celular próximo o tempo todo.
  • Precisa responder na hora as mensagens recebidas.
  • Piorou muito na escola.
  • Fica ansioso e irritado quando não pode utilizar o aparelho.
  • Sente-se rejeitado quando ninguém liga ou manda mensagens.
  • Prefere ficar em casa no celular ao sair com os amigos ou fazer outras atividades.
  • Quando está em grupo, não participa da conversa. Fica o tempo todo mexendo no celular.

Quais são as consequências da dependência?

Ela dificulta o relacionamento com outras pessoas, o que aumenta a solidão e a timidez. O rendimento escolar também pode piorar. Isso sem falar nos problemas de visão, má postura e dor nas costas.

O que pode estar por trás do problema?

Busca por aceitação, alívio do estresse e fuga de problemas como bullying podem estar relacionados ao vício. Daniela alerta que os pais devem sempre procurar saber o que o filho faz no celular.

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Qual a solução?

Definitivamente, não é proibir. O celular é uma ferramenta importante para diversas atividades e promove contato com a família e amigos através das redes sociais, jogos e aplicativos. A chave para atingir a dose certa é fazer um acordo sobre a utilização do aparelho. “O fundamental é ter disciplina e conciliar as obrigações da escola e as atividades em grupo com o uso da internet. Essa diversidade é muito importante”, alerta Mariângela.

Então, como colocar limite?

Para crianças até 10 anos: os pais devem ter as senhas de acesso. Os pequenos só podem utilizar o celular com um adulto por perto e por um limite de tempo estabelecido pelos pais. Existem até aplicativos que bloqueiam conteúdos impróprios para a idade.

Para adolescentes: estabeleça horários e tempo de uso com uma boa conversa. “Um ótimo termômetro é o desempenho escolar”, diz Mariângela. Se o jovem estiver com notas ruins, precisará se dedicar mais aos estudos e poderá ficar menos no celular. Se não estiver com problemas na escola, mas não desgruda do aparelho, os pais devem esclarecer que isso pode se tornar um vício. “Converse com calma e mostre os malefícios que essa dependência pode trazer. Incentivar a prática de esportes, leitura de livros e outras atividades que ocupem o dia é fundamental. De modo geral, o tempo recomendado de uso é de duas horas por dia”, coloca a profissional.

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