Sem menstruar há alguns meses, a jovem Nathaly Lopes, de 19 anos, desconfiava que estava com um mioma. As suspeitas eram compartilhadas pelo ginecologista com quem ela se consultou em fevereiro e que a diagnosticou com dor pélvica crônica após realizar um exame de toque.
“Ele me mandou fazer um ultrassom. Só que sempre que eu ia fazer, a máquina estava quebrada, para a minha ‘sorte'”, contou Nathaly ao G1, relatando como, apesar da falta da menstruação, passou meses sentido muitas cólicas.
E assim foi até que no último dia 20, um dia antes de uma consulta com um especialista, as dores no abdômen se tornaram insuportáveis e ela precisou ir as pressas para o Hospital São José, em São Vicente, litoral de São Paulo.
Para sua surpresa, ao chegar ao hospital Nathaly descobriu que estava com aproximadamente 39 semanas de gestação e o suposto mioma era na verdade um bebê. “Os médicos falavam que se eu estava sem menstruação desde fevereiro, minha barriga deveria estar enorme. Minha barriga basicamente não cresceu. Eu não engordei nada, não dava para desconfiar que era uma gravidez. Usando 38 e 40 de vestimenta”, disse.
O susto com a gravidez inesperada veio acompanhado de outro: o bebê estava sem batimento cardíaco e Nathaly precisou ser imediatamente encaminhada para a emergência. Havia a possibilidade de que a criança nascesse morta.
Mas não foi o que aconteceu e Elise veio ao mundo com 47 centímetros e 2 quilos e 850 gramas. O nome já havia sido escolhido pela jovem há alguns anos, durante uma conversa de Nathaly com sua mãe, que faleceu por causa de um câncer há cerca de um ano. “Como ela tinha se apaixonado pelo nome, na época, permaneceu a promessa.”
Apesar da surpresa, ela acredita que a filha, que se recupera bem do parto emergencial, é uma dádiva. “Em novembro, completaria um ano do falecimento da minha mãe. Quase um ano depois, eu recebo a notícia de que sou mãe. Eu acho que foi um presente dos céus”, contou.