Filhos que brigam muito: o que fazer para recuperar a paz (e o amor) em casa
Psicanalista explica os caminhos para pais que não sabem administrar as brigas constantes entre filhos
Que crianças brigam, todo mundo sabe, mas o que fazer quando essas disputas se tornam mais intensas? Essa é uma dúvida que aflige muitos pais, inclusive alguns famosos.
Em seu canal no YouTube, a atriz Thaila Ayala revelou que os filhos Francisco (3) e Tereza (2) têm uma relação bastante conturbada. “Outro dia, quando fui buscá-los na escola, ele disse que a Tetê era irmã de outro menino, só pra não admitir que ela é irmã dele”, contou.
Situação parecida vive Kim Kardashian, que já relatou publicamente as dificuldades entre os dois filhos mais velhos, North (12) e Saint (10). “Ela não gosta do irmão, é tão difícil para mim. Eu pensava: ‘Tudo bem, é ciúmes, vai passar’. Mas a fase não está passando”, disse em entrevista.
E a pergunta que fica é: o que fazer quando os filhos simplesmente não se gostam?
Rivalidade faz parte do desenvolvimento, mas tem limite
A psicanalista Elainne Ourives explica que a rivalidade entre irmãos é natural e até esperada no processo de amadurecimento emocional. “Do ponto de vista psicanalítico, a rivalidade faz parte da construção da identidade e do ego. O irmão representa o ‘outro’, que disputa por atenção, recursos e pertencimento”, explica.
No entanto, a especialista alerta: o que é normal não deve se tornar permanente. Conflitos constantes e agressividade frequente podem indicar que algo precisa ser ajustado na dinâmica familiar.
Como reduzir as brigas e quando intervir
“A harmonia entre irmãos não pode ser imposta, mas pode ser construída com amor, paciência e exemplo”, afirma Elainne.
Segundo ela, os pais têm papel fundamental nesse processo. Quando demonstram empatia, resolvem conflitos com diálogo e lidam com diferenças de forma respeitosa, dão aos filhos um modelo saudável de convivência. “As crianças aprendem mais observando do que ouvindo discursos”, complementa.
A especialista explica que a intervenção direta dos responsáveis só deve ocorrer quando as brigas ultrapassam os limites do respeito ou colocam em risco a integridade física e emocional das crianças.
Por outro lado, interferir o tempo todo também pode atrapalhar: “Quando os pais mediam todas as discussões, tiram dos filhos a oportunidade de desenvolver autonomia emocional, capacidade de negociação e autorregulação”, pontua a psicanalista.
Lidando com a culpa e buscando equilíbrio
É comum que os pais se sintam culpados por não conseguirem promover harmonia entre os filhos. Elainne reforça que a culpa deve dar lugar à responsabilidade consciente: “Assumir o compromisso de evoluir emocionalmente, sim. Mas se culpar paralisa. O foco deve ser em aprender e se aperfeiçoar, não em buscar perfeição.”
Quando o clima de rivalidade persiste ou começa a afetar o comportamento das crianças, a ajuda profissional pode ser essencial.
“Conflitos não resolvidos se tornam traumas que irão se manifestar na vida adulta em forma de insegurança, sabotagem, dificuldades nos relacionamentos e até doenças psicossomáticas”, alerta a especialista.
Ela conclui com um conselho que vale tanto para os pais quanto para os filhos: “Se você sente que tentou de tudo e não está funcionando, talvez precise apenas de alguém que te ajude a acessar a parte que ainda não vê.”
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