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Malala Yousafzai sonha em ser Primeira-Ministra do Paquistão

Depois de ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel, será que ela pode ser a mais jovem Primeira-Ministra do Paquistão?

Por Ligia Helena
Atualizado em 21 jan 2020, 03h26 - Publicado em 21 out 2016, 06h10
Dan Kitwood / Getty Images (/)
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Para a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, o céu é o limite quando o assunto é ~plano de carreira~. Acompanhe com a gente: aos 17 anos ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, se tornando a pessoa mais jovem a receber um Nobel.  Antes disso, aos 15 anos, foi escolhida pela revista Time uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Isso porque desde 2009 – quando tinha 11 anos – ela trabalha pelo acesso das crianças, e mais especialmente das meninas, à educação. Por seu trabalho incomodar os talibãs do Paquistão, ela sofreu uma tentativa de assassinato em 2012. Recuperou-se e segue trabalhando pela educação das meninas.

Tudo isso já seria digno de nota, mas ela quer mais: o plano agora é ser Primeira-Ministra do Paquistão. Em uma conferência nos Emirados Árabes Unidos, Malala diz que deseja assumir o mais alto cargo no governo do país asiático para dar poder e desenvolver todo o potencial das mulheres.  

Malala contou que, quando criança, ela pensava que as mulheres só podiam ser médicas, professoras ou donas de casa, mas que ver algumas mulheres em posição de poder fez com que ela mudasse de ideia.

“Eu vi Benazir Bhutto como uma liderança, que foi duas vezes Primeira-Ministra do Paquistão. Ouvi sobre mulheres atletas, astronautas, artistas, empreendedoras… isso permitiu que eu reconhecesse o potencial que eu tinha, e que eu posso, como uma mulher, conquistar qualquer coisa na minha vida. Meu sonho mudou, em vez de ser uma médica, eu quero ser a Primeira-Ministra do Paquistão, para resolver todos os problemas de acesso à educação”.

Malala ainda reforçou a importância dos muçulmanos se unirem e seguirem a mensagem de paz do Islã, e falou que o progresso da luta pelos direitos das meninas tem de contar com o apoio da “outra metade”, ou seja, dos homens, e agradeceu o apoio do pai, que possibilitou que ela falasse sobre as injustiças.

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