Quem foi Gilbert Baker, o criador da bandeira do arco-íris
O artista norte-americano foi o criador de um importante símbolo de luta LGBT.
Sabe a bandeira do arco-íris que é símbolo da luta do movimento LGBT? Pois ela foi criada em 1978 pelo artista norte-americano Gilbert Baker. Em 2 de junho de 2017 Baker completaria 66 anos de idade, e por isso ele foi homenageado pelo Google com um lindo Doodle animado.
Baker nasceu no estado do Kansas e serviu no exército norte-americano entre 1970 e 1972, o que o levou a São Francisco, na Califórnia, justamente na época em que o movimento pelos direitos dos LGBT começava a florescer. Depois de ser dispensado com honras do exército, Baker permaneceu em São Francisco e aprendeu, sozinho, a costurar.
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Baker era amigo de Harvey Milk, político e um dos maiores ativistas da causa LGBT de todos os tempos. O artista usava seu talento para costurar faixas para passeatas a favor dos direitos LGBT e contra a guerra, e foi assim que eles se conheceram. Diz a história que Harvey Milk foi quem desafiou Gilbert Baker a criar um símbolo de orgulho para a comunidade LGBT.
A criação da Bandeira do Orgulho LGBT
A bandeira com as cores do arco-íris foi criada e erguida orgulhosamente pela primeira vez na Parada do Dia da Liberdade Gay de São Francisco, em 25 de junho de 1978, poucos meses antes do assassinato de Harvey Milk, em novembro do mesmo ano. A história do político foi contada nos cinemas em 2008, no filme “Milk”, estrelado por Sean Penn, e Baker foi convidado a recriar as faixas e bandeiras da época para serem usadas no filme.
A bandeira do arco-íris, criada por Gilbert Baker, é de domínio público, e por isso pode ser reproduzida tantas vezes. Hoje, é um símbolo de luta reconhecido por todo o mundo.
Quantas cores tem a bandeira do arco-íris?
Há controvérsia quando o assunto é o número de cores da bandeira do Orgulho LGBT. A primeira versão, que Gilbert Baker criou, contava com 8 cores, e cada uma teria um significado específico: rosa-choque seria sexo; vermelho seria vida; laranja seria cura; amarelo seria a luz do sol; verde seria a natureza; azul turquesa seria arte; azul índigo seria harmonia; e violeta seria o espírito. A diversidade de cores também refletiria a diversidade sexual.
Mas a bandeira passou por muitas releituras ao longo do tempo, e já foi feita com menos cores em épocas em que era difícil achar tecido rosa-choque, por exemplo. Uma das versões mais consagradas tem apenas seis cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta. Mas isso não significa que as outras combinações são erradas.
Os recordes da bandeira de Gilbert Baker
Em 1994, Gilbert Baker, já em Nova York, costurou uma bandeira de 1,6 km de extensão. Ela foi carregada por 5 mil pessoas e depois estendida no prédio da ONU. Na época, essa bandeira quebrou o recorde de maior do mundo. O recorde foi batido por ele mesmo em 2003, no aniversário de 25 anos da bandeira – ele criou uma peça de 2 km de extensão, que atravessava a cidade de Key West, na Florida, de lado a lado.
Até o fim da vida, Gilbert Baker lutou pela causa LGBT, dando palestras sobre a bandeira e sobre o movimento por todo o mundo. Ele estava escrevendo uma biografia, em que contava toda a história da bandeira, mas morreu em 31 de março de 2017, sem publicá-la.