Não apenas uma dieta, mas uma combinação de fatores, como a qualidade do sono, exercícios físicos e controle de estresse, pode ajudar no emagrecimento saudável – aquele que não privilegia apenas a estética, mas que também ocorre traz reflexos positivos para a saúde como um todo e, claro, não te deixa presa ao efeito sanfona. Mas, afinal, o que realmente funciona para chegar lá? Quais os primeiros passos? Aprendemos juntas aqui.
“Se alimentar de forma equilibrada é um ponto e isso deve ser adaptado à rotina de cada pessoa, não tem uma receita pronta. Mas também é importante prestar atenção em outros pontos”, explica Lara Natacci, nutricionista e diretora da Dietnet.. “A dieta sozinha não vai funcionar porque nossos hábitos se interligam”, completa.
Emagrecimento saudável: dieta é a base
Segundo a especialista, sobre a alimentação, é preciso buscar uma avaliação personalizada do que pode ser melhorado, como a inclusão de frutas, legumes, verduras, cereais integrais e proteínas magras, como peixes e laticínios na rotina. “Cada pessoa vai ter a mudança alimentar de acordo com as suas necessidades, rotina e possibilidades”, pontua.
A retirada indiscriminada de um tipo específico de alimento, como carboidratos, por exemplo, é desaconselhada. “Não tem alimento proibido, mesmo quando queremos perder peso. É muito importante termos isso em mente, não existe necessidade de deixar de comer”, aponta. “Essas dietas extremamente restritivas podem causar, inclusive, efeito sanfona, porque elas não são sustentáveis em médio e longo prazo. Eu costumo dizer que dieta boa é aquela que conseguimos manter.”
Segundo a nutricionista, essa restrição extrema pode até causar a redução do peso, mas, na maioria dos casos, é proveniente da perda de massa magra, ou seja, músculos, em vez de gordura.
“Quando para de fazer essa dieta, volta a engordar porque está gastando muito menos [energia] e comendo muito mais. Isso é muito prejudicial para o nosso corpo. O ideal é que façamos pequenas mudanças que gerem resultados aos poucos, e sejam duráveis, sem deixar de comer nenhum grupo de alimentos”, conta.
No entanto, pontua, em alguns casos, a restrição de alimentos pode ser necessária, como com celíacos, ou seja, pessoas com intolerância ao glúten. “Nesse caso, sob recomendação médica, vamos tirar o alimento e substituir por outros”, explica. “Tem gente que tem alergia a proteína do leite, não pode consumir leite e derivados. Portanto vamos encontrar algum substituto que tenha os nutrientes que possam suprir essa falta. Cada caso é analisado individualmente, mas sempre depois de uma investigação clínica, depois de um diagnóstico”.
Como emagrecer com saúde
Sono e saúde
Além de uma reavaliação de sua dieta, é importante fazer um check up médico, ou seja, ver como anda o funcionamento do organismo. “O sono regular é muito importante”, prossegue a nutricionista. “Quando a pessoa dorme menos do que 7 horas e mais do que 9 horas, ela tem dificuldade com a gestão de peso”, complementa.
Controle de estresse
“Às vezes, comemos por estresse, ansiedade ou por emoções”, diz. É a tal da fome emocional, um problema bastante comum e, às vezes, difícil de gerenciar. “Gerir o estresse é importante e isso pode ser feito por meio de atividades de lazer, relaxamentos e meditação.”
Atividade física e saúde
Segundo a especialista, a Organização Mundial de Saúde recomenda a prática de 150 minutos de atividades físicas por semana, para manter a saúde, e de 200 a 300 minutos por semana para a perda de peso.
O ambiente também ajuda a emagrecer
A gestão do ambiente também pode impactar na perda saudável de peso. “O ambiente influencia as nossas escolhas alimentares e, quando temos disponíveis alimentos mais ricos em gordura e açúcar, temos a tendência a escolhê-los”, diz.
Comer sem distrações
É importante prestar atenção no tempo das refeições, que devem ser feitas com calma e sem distrações. “Quando comemos distraídos, com a TV ligada, no celular, na frente do computador, muitas vezes nem mastigamos o alimento, comemos muito rápido e não sentimos saciedade”, disse.
Quantas refeições fazer por dia?
O número de refeições diárias varia conforme cada rotina e hábitos. Em alguns casos, pode ser interessante fazer apenas três refeições: café da manhã, almoço e jantar.
“Agora, se a pessoa tem tendência de exagerar numa refeição quando fica muito tempo em jejum, vale a pena programar um lanchinho, que seja bem equilibrado, para que ela não chegue na próxima refeição com muita fome”, finaliza.