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Tremembé: Carol Garcia aponta os desafios em interpretar Elize Matsunaga

Em sua estreia no drama, atriz fala sobre as complexidades de viver uma assassina confessa

Por Ana Luiza Bezerra
20 out 2025, 08h00 •
Imagem da atriz Carol Garcia vista de frente em ensaio fotográfico
Após dar vida a personagens de comédia, atriz enfrenta o desafio de um drama real (Victor Pollack/Divulgação)
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  • Acostumada a estrelar papéis cômicos tanto na TV quanto no cinema, a atriz carioca Carol Garcia agora se aventura pela primeira vez no drama. E bota drama nisso: ela vai dar vida à Elize Matsunaga, condenada à prisão em 2012 por assassinar o marido, na série Tremembé (31 de outubro no Prime Video). Em entrevista a CLAUDIA, Carol compartilha os bastidores da preparação. 

    Você costuma interpretar papéis mais leves. Como foi receber um tão diferente? Foi realmente desafiador. Fui postergando, até que um dia parei para ver a Elize e fui tragada por aquilo. Fiquei fascinada pelos mistérios que aquela mulher traz. Todos nós somos de extrema profundidade, mas quando vemos alguém que foi capaz de cometer um crime, ficam alguns pontos de interrogação. Gravei imediatamente após assisti-la. E quando desliguei o celular após gravar o teste, tive certeza de que faria o papel. Mesmo sendo algo distante do que eu vinha fazendo, senti que encontrei algo nela.

    Imagem da atriz Carol Garcia vista de frente caracterizada de Elize Matsnuga
    A caracterização de Carol, para viver o papel, chamou a aatenção do público (Prime Video/Divulgação)

    Esse trabalho mexeu com você, pessoalmente? Sim. Quando cheguei para filmar, muitas das figurantes do projeto eram egressas. Ouvi histórias muito duras e difíceis, que me movimentaram profundamente. Além disso, passamos cerca de dois meses filmando em um espaço cenográfico que reproduzia um presídio. A cenografia era tão perfeita, que me dava claustrofobia ficar horas ali dentro. 

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    Séries baseadas em crimes reais têm ganhado força. Como você enxerga esse fenômeno e a responsabilidade de interpretá-las? Tenho pensado muito nisso. Acho que essas histórias fascinam porque revelam contrastes intensos da vida, movimentam pulsões. O público consegue assistir a esses lados sombrios da humanidade sem ser o agente, mantendo-se protegido do lado de cá. Mas há sempre responsabilidade. A arte vem de um lugar político e social, coloca uma lente de aumento em determinados pontos da existência. Como atriz, interpretei essa personagem com a maior profundidade possível, sem romantizá-la.

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