Tiago Abravanel: “Sempre quis dançar, mas acreditava que o meu corpo era um limitador”
Em Hairspray, Tiago Abravanel se reafirma não apenas como um dos artistas mais versáteis da atualidade, mas também como um grande porta-voz da diversidade
Hairspray com Tiago Abravanel vem sendo um sucesso estrondoso, e após uma temporada bem-sucedida no Rio de Janeiro, com cerca de 35 mil espectadores em apenas um mês e meio, a versão brasileira do icônico musical chega à capital paulista com apresentações marcadas no Teatro Renault a partir do dia 5 de setembro.
A trama acompanha Tracy, uma jovem fora dos padrões de beleza que enfrenta preconceitos para conquistar um lugar no programa de TV The Corny Collins Show. A narrativa, sem dúvidas, ressoa com a trajetória de Abravanel, que além de viver a personagem Edna Turnblad na peça, também foi o responsável por idealizar a montagem.
Em entrevista exclusiva à CLAUDIA, ele fala sobre a importância social da obra, autoaceitação e mais (Ingressos disponíveis em ticketsforfun.com.br):
Entrevista com Tiago Abravanel
CLAUDIA: De que maneira a peça se conecta à sua trajetória?
Tiago Abravanel: Desde que estreou na Broadway, senti que tinha tudo a ver comigo. Essa representatividade me emociona, me cativa. Cheguei a atuar em uma adaptação de 2009, mas senti que faltava algo. Então, com o apoio de meus sócios, comprei os direitos da obra em 2020. Quatro anos depois, realizei uma temporada muito bem-sucedida no Rio de Janeiro. Agora, me preparo para chegar em São Paulo, no teatro onde estreei o meu primeiro grande musical. Isso tem um enorme significado em minha trajetória.
CLAUDIA: Uma das principais mensagens da obra é a autoaceitação. Me conte sobre essa questão em sua vida. Você sempre se aceitou?
Tiago Abravanel: Eu acho que, talvez, ‘aceitação’ não seja a melhor palavra. Posso dizer que, com o tempo, passei a me compreender. Precisamos nos reconhecer, e a partir disso, explorar aquilo que nos traz pulsão de vida. Por exemplo, eu sempre quis dançar, mas acreditava que o meu corpo era um limitador. Quando entendi que o corpo gordo também poderia dançar, foi uma barreira que ultrapassei. Então, não é sobre aceitar, é sobre compreender.
CLAUDIA: Qual é a importância de um musical como Hairspray estar em cartaz no atual cenário sociocultural do Brasil?
Tiago Abravanel: Ele traz leveza com responsabilidade. Estamos vivendo um momento em que as pessoas estão muito arredias, querendo se proteger a todo instante. Isso gera uma desconexão. E Hairspray fala justamente do oposto. É sobre se conectar. Como nós, enquanto indivíduos buscando a nossa essência, podemos nos aproximar? E, claro, é um espetáculo divertido para toda a família, com uma história de amor permeando tudo isso.
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