A cientista e física polonesa Marie Curie teve uma vida e uma carreira incríveis. A dedicação às pesquisas pioneiras no campo da radioatividade a colocaram no icônico lugar de não apenas ser a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, mas a única a ganhar duas vezes. Já era tempo que sua história fosse divulgada
Nos palcos, Nicole Kidman a interpretou em Londres, mas será Rosamund Pike que dará voz e rosto a Marie, no filme da Amazon Prime, “Radioativo”, ainda sem data para estrear no Brasil. Os críticos dizem que Rosamund está nada menos do que perfeita no papel.
Dirigido por Marjane Satrapi, o filme relembra a infância de Marie e relata até sia maturidade, abordando além de sua carreira e entrando na sua vida pessoal, pouco divulgada. Em “Radioativo”, Marie é cientista, esposa, viúva, mãe, rebelde e ícone.
Rosamund, que tem se especializado em papéis biográficos fortes, é o destaque do filme. A relação de Marie com o cientista Paul Langevin foi um escândalo em seu tempo. Mas foi com o marido, Pierre, que ela desenvolveu o trabalho inovador que permitiu a exploração de radiotividade – para o bem e para o mal. Sua ligação com a espiritualidade, após a morte de Pierre, foi alvo de críticas e despertou suspeitas, mas mostrava a eterna curiosidade de Marie sobre todos os assuntos. Para Marie, a questão estava: para onde vai a energia das pessoas após a morte?
“As descobertas dela [Marie], não vinham no vácuo, por isso achei importante aprender as ideias que ela tinha e no que as pessoas estavam trabalhando naquele período”, conta Rosamund. Para a atriz, o amor que Marie sentia sobre Pierre era tão profundo que são claros nas fotos. “Eu consigo dizer quais foram feitas após a morte dele porque seu rosto tem uma expressão diferente”, ela conta. “Entendo que a relação de Marie com Paul tenha sido sensacionalizada pela imprensa, mas para mim o caso dos dois nasceu porque Paul era o único que entendia do que ela perdeu. Ele também trabalhou com Pierre. O caso entre eles não foi uma história de amor, tanto que depois que romperam continuaram a trabalhar juntos. Para mim, o que interessa é como ela era uma mulher passional. Pensamos sempre nos cientistas como assexuados”, Rosamund explica.
O filme também aborda a relação de Marie com sua filha Irene, outra vencedora do Nobel em química. “Ela não foi uma boa mãe, mas as duas tinham grande respeito entre as duas e ambas foram cientistas brilhantes. Para mim foi mais uma experiência do que uma atuação”, relembra a atriz.
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