No atual estado norte-americano do Novo México foram encontradas provas de que uma civilização pré-colombiana costumava dar tanto valor social às mulheres quanto aos homens – uma situação bastante rara ao longo da história. Os responsáveis pela revelação são pesquisadores da Penn State University, nos Estados Unidos.
Situado em Pueblo Bonito, em um cânion, foi um túmulo encontrado pelos arqueólogos o que levou a esta descoberta. Ali foram enterradas 14 pessoas diferentes, junto de luxuosas oferendas – associadas, muito provavelmente, à origem nobre dos mortos. Através da análise de seu DNA, foi possível concluir que todos ali eram ligados por laços familiares – mais especificamente, que tinham um antepassado em comum pelo lado materno.
Não se trata de coincidência. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o antropólogo Douglas Kennett, coordenador da pesquisa, conta que “o poder e a influência política nessa sociedade estavam associados à linhagem materna, de forma que tanto homens quanto mulheres compartilhavam poder e influência“. O único pré-requisito para este tipo de prestígio era pertencer a um clã feminino nobre. Não é incrível?