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Raquel de Queiroz ganha Doodle do Google em sua homenagem

Hoje (17) comemorasse os 107 anos do nascimento de Raquel de Queiroz, uma das maiores escritoras da língua portuguesa.

Por Júlia Warken
Atualizado em 17 jan 2020, 12h33 - Publicado em 17 nov 2017, 09h42
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  • A escritora cearense Raquel de Queiroz estaria completando 107 anos nessa sexta-feira (17) e foi homenageada pelo Google com um Doodle comemorativo. A imagem retrata o rosto dela junto a uma representação do sertão nordestino – que é temática recorrente em sua obra.

    Nascida em 1910, Raquel de Queiroz foi ninguém menos do que a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, em 1977. Fundada em 1897, a instituição levou 80 anos para empossar uma representante do sexo feminino.

    Conheça a história dessa grande mulher

    Quando tinha 7 anos, Raquel mudou-se para o Rio de Janeiro com a família para fugir de uma terrível seca. Mas a permanência na capital carioca durou pouco e eles acabaram voltando para Fortaleza. Lá, aos 17 anos Raquel já publicava em um jornal e aos 20 viria a lançar seu primeiro livro: “O Quinze”. A obra fala sobre a seca de 1915 – aquela mesma que fez com que a família dela saísse do Ceará.

    A publicação de seu primeiro livro fez um considerável sucesso. O ano era 1930 e ninguém esperava que uma mulher de 20 anos fosse capaz de escrever um romance com profunda temática social. Ela recebeu o Prêmio da Fundação Graça Aranha pela obra.

    Raquel de Queiroz
    Em 2011, Raquel de Queiroz estampou um selo comemorativo na Sérvia (Arquivo/Reprodução)
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    A partir disso, não parou mais de escrever. Depois de ter alguns livros publicados, ela viria também a trabalhar para a icônica revista “O Cruzeiro”, além de jornais como “Diário de Notícias”, “O Jornal”, O Estado de São Paulo” e “Diário de Pernambuco”. Raquel publicou mais de mil crônicas ao longo da vida e também foi autora de peças de teatro. Paralelo a isso, nunca parou de lançar livros – adultos e infantis.

    Nesse meio tempo, em 1939, a escritora passou a residir permanentemente no Rio de Janeiro. Lá, foi membro do Conselho Federal de Cultura e chegou a trabalhar para a ONU, na Comissão dos Direitos do Homem.

    Ao longo da vida, recebeu dezenas de prêmios e, aos 67 anos veio a integrar a Academia Brasileira de Letras, sendo a quinta ocupante da Cadeira 5. Faleceu em 4 de novembro de 2003, poucos dias antes de completar 93 anos.

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