Dia 26 de janeiro estava demorando para chegar para todos os fãs do teatro musical. Quando o jazz soar e as cortinas do Teatro Santander, em São Paulo, se abrirem, o público poderá enfim acompanhar a estreia de Chicago, espetáculo já visto por mais de 33 milhões de pessoas no mundo.
“Vai fazer quase dois anos da audição. Foi uma lacuna muito grande”, conta a atriz e cantora Emanuelle Araújo, que viverá no palco a assassina Velma Kelly. Passada a espera imposta pela pandemia, ela está pronta para assumir o papel que garantiu um Oscar a Catherine Zeta-Jones na versão para o cinema. “Velma tem um vetor feminino muito interessante, passeia por várias personagens que já fiz mas traz uma profundidade única.”
Ao seu lado, como a quase angelical Roxie Hart, está a talentosa atriz Carol Costa: “Tem sororidade entre as personagens e muita generosidade entre nós. Já admirava a Manu por ser a artista completa que ela é”. “Agradeço por ser a Carol, me sinto de volta para casa com ela”, devolve Manu. A força feminina estabelece o clima da montagem, mas a presença de Paulo Szot, único brasileiro a ganhar um Tony Award, como o charmoso Billy Flynn promete engrandecer o retorno dos grandes espetáculos ao calendário.
Para dar vida à coreografia de All That Jazz e outras faixas icônicas, a preparação do elenco de 23 atores exigiu muitas horas de canto e dança, diversos testes PCR e paciência. “Estamos em um período delicado ainda. Foi correto esperar, cumprir todos os protocolos, mas que bom que passou. Esse é o momento para Chicago”, afirmam as protagonistas.