No Instagram, surge uma galeria dedicada aos frutos artísticos de uma das piores crises do mundo contemporâneo. O Covid Art Museum já tem 470 obras publicadas e recebe por dia pelo menos 200 novos trabalhos
Dias após o começo da quarentena na Espanha, em março, o trio de diretores de arte Emma Calvo, José Guerrero e Irene Llorca percebeu que muitas pessoas vinham compartilhando na internet trabalhos artísticos criados no isolamento para extravasar as emoções e percepções sobre a Covid-19. “Não queríamos que isso fosse esquecido. No futuro, teremos dados sobre as vítimas, a economia, mas também será interessante ver o registro de como as pessoas se sentiram”, contam eles. Logo ganharam a adesão da amiga Dilay Yaman, que se juntou à equipe. Assim nasceu no Instagram o Covid Art Museum (@covidartmuseum). O perfil já publicou mais de 470 obras – como o retrato simbólico de Danaé Savage (@dnicolephotog) na página anterior, os coloridos telhados e janelas do italiano Pierpaolo Rovero (@pierpaolorovero, também no site pierpaolorovero.com) e a clássica foto de Salvador Dalí, agora mascarado pela espanhola Patricia Pulido Mantas (@srtapulido) – e recebe uma média diária de 200 trabalhos entre ilustrações, fotografias, pinturas e animações. Os planos do CAM incluem um site e até exposição física quando tudo passar.
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