O professor e crítico literário Alfredo Bosi morreu na manhã desta quarta-feira (07), aos 84 anos, em São Paulo, vítima da Covid-19.
Considerado um dos maiores críticos literários do Brasil, Alfredo era professor titular aposentado do curso de Letras da USP e o sétimo componente a ocupar a cadeira de n° 12 da Academia Brasileira de Letras.
“A tanta dor, soma-se a morte do admirável acadêmico Alfredo Bosi. Sou tomado de profunda emoção. Nem encontro palavras. Escrevo com olhos marejados. Bosi: um homem de profunda erudição, humanista inconteste, um homem que estudou o Renascimento e que o representou”, disse o presidente da Associação Brasileira de Letras, Marco Lucchesi.
Nascido em São Paulo, Bosi se formou em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), em 1960, e posteriormente passou uma temporada de estudos de um ano em Florença, na Itália. Quando retornou, assumiu os cursos de língua e literatura italiana em sua universidade de formação.
No que diz respeito ao seu interesse pela literatura brasileira, Alfredo escreveu os livros Pré-Modernismo (1966) e História Concisa da Literatura Brasileira (1970).
Na década de 70, passou a ministrar as aulas de literatura brasileira no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH-USP), do qual posteriormente foi Professor Titular de Literatura Brasileira. Em 1997, assumiu o cargo de diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.
Bosi, que há 31 anos era editor da revista Estudos Avançados, foi casado com a psicóloga social, professora do Instituto de Psicologia da USP e escritora, Ecléa Bosi. Ele deixa dois filhos, que são fruto do relacionamento: Viviana Bosi, também professora da FFLCH-USP, e José Alfredo Bosi.