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Os 10 melhores filmes lançados em 2023, ranqueados

Barbie, Oppenheimer ou Assassinos da Lua das Flores… Quem será que vence a disputa de melhor filme do ano?

Por Kalel Adolfo
29 dez 2023, 07h34
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  • Em um ano marcado por acontecimentos cinematográficos marcantes (o icônico “Barbenheimer”, o lançamento do novo longa de Martin Scorsese, o revival de inúmeras franquias atemporais, e por aí vai…), nós definimos quais foram os 10 melhores filmes de 2023. Confira a seguir:

    10º lugar – Assassinos da Lua das Flores, Martin Scorsese

    Aos 81 anos, Martin Scorsese ainda é um dos cineastas mais empolgantes da sétima arte, com obras que continuam a dialogar com múltiplas gerações.

    Este é o caso de Assassino da Lua das Flores, baseado em fatos reais, que além de trazer um excelente elenco (Leonardo DiCaprio, Robert De Niro e Lily Gladstone são um espetáculo à parte), explora um dos episódios mais vergonhosos da história americana: o massacre do povo Osage.

    9º lugar – The Wonderful Story of Henry Sugar, Wes Anderson

    Caso fosse um longa-metragem (The Wonderful Story of Henry Sugar possui apenas 37 minutos), esta impecável obra de Wes Anderson estaria melhor ranqueada em nossa seleção.

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    Fato é que, mais uma vez, o cineasta consegue evocar visuais exuberantes e fantasiosos para encantar o público. Destaque para Benedict Cumberbatch, que vive, de maneira elegante, o papel do próprio Henry Sugar, que ganha o poder de ver através de objetos após ler um livro secreto.

    8º lugar – Oppenheimer, Christopher Nolan

    Como o ser humano se sentiria após desenvolver uma das armas mais mortíferas da humanidade? Quais embates morais residiriam em sua mente? Este é o fio condutor de“Oppenheime”, que explora a história do cientista americano J. Robert Oppenheimer (interpretado brilhantemente por Cillian Murphy), responsável pela criação da bomba atômica.

    Aqui, o diretor Christopher Nolan larga a sua já conhecida pretensiosidade, e cria uma obra tão devastadora quanto socialmente necessária. Bravo!

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    7º lugar – Sick of Myself, Kristoffer Borgli

    Competitividade afetiva e as consequências do narcisismo embalam o ácido Sick of Myself, obra sueca dirigida e escrita por Kristoffer Borgli.

    Na trama, o relacionamento entre Signe e Thomas toma rumos bizarros (literalmente) quando Thomas desponta como artista contemporâneo. Incomodada pelo sucesso repentino do parceiro, Signe passa a ultrapassar todos os seus limites físicos e emocionais para roubar a atenção que o namorado vem recebendo.

    Às vezes hilário, às vezes indigesto, o filme também serve como um ótimo comentário acerca da cultura exibicionista e tóxica potencializada pelas redes sociais.

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    *Apesar de ter sido lançado em 2022, o longa só foi distribuído oficialmente no Brasil em 2023

    6º lugar – Talk To Me, Danny Philippou e Michael Philippou

    Às vezes, menos é mais, e o australiano Talk To Me comprova a teoria. A narrativa é simples: após brincarem de um jogo que busca invocar espíritos (uma espécie de ouija, porém mais radical), Mia e seus colegas são atormentados por espíritos maléficos.

    Parece clichê, certo? Mas o que salva a obra de cair na previsibilidade é o talento da dupla Danny Philippou e Michael Philippou em criar sequências inegavelmente devastadoras.

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    Ao invés de vender conceitos altamente complexos e metafóricos (como fazem a maioria das obras do estúdio A24), Talk To Me (ou Fale Comigo, em português) aposta em uma atmosfera inquietante, com cenas doentias que provavelmente ficarão em sua mente por dias — se um jovem arrancando os próprios olhos com as mãos não lhe perturbar, considere buscar ajuda.

    5º lugar – Evil Dead Rise, Lee Cronin

    A Morte do Demônio – Ascensão fortalece ainda mais o lugar de Evil Dead como uma das franquias mais consistentes da história do terror.

    Com referências perspicazes aos capítulos anteriores, uma trama bem amarrada e litros (e mais litros) de sangue, o quinto volume da saga é apenas puramente divertido, unindo o delicioso horror e humor ácido pelos quais os longas do universo idealizado por Sam Raimi são tão amados e conhecidos.

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    4º lugar – Missão: Impossível – Acerto De Contas – Parte I, Christopher McQuarrie

    E falando em franquias que se mantêm relevantes através dos tempos, não podemos deixar de citar o sétimo capítulo da franquia Missão Impossível.

    Aqui, o principal triunfo do diretor Christopher McQuarrie e do astro Tom Cruise é redefinir o que esperamos de um blockbuster de ação.

    Sim, por mais que o gênero tenha se beneficiado inúmeras vezes nas últimas décadas com os avanços da tecnologia, McQuarrie ultrapassa os limites do segmento apostando em efeitos práticos e sets de proporções megalomaníacas (espere até ver a ambiciosa sequência de perseguição no trem).

    Não menos importante, é impossível não elogiar a interpretação de Cruise que, pela primeira vez, dá ao personagem Ethan Hunt uma aura sensível e vulnerável — algo extremamente honrável ao considerarmos que esta é uma saga descaradamente masculinizada.

    3º lugar – Barbie, Greta Gerwig

    Até o momento de seu lançamento, não sabíamos o que esperar de Barbie. Aliás, o filme tinha tudo para ser um verdadeiro desastre. Porém, Greta Gerwig subverteu todas as expectativas ao entregar um blockbuster altamente feminista, repleto de tiradas ácidas que até agora vem incomodando grande parte do público conservador.

    Alguns podem até argumentar que as discussões propostas pela obra já estão antiquadas, porém, Barbie não foi feito para a bolha socialmente consciente de nossas redes sociais.

    Muito pelo contrário: ao atrair tribos ecléticas para as salas de exibição, o longa se propõe a ser uma “porta de entrada” para que as audiências mais retrógradas comecem a pensar em temáticas como misoginia, desigualdade de gênero, importunação sexual, padrões estéticos, e por aí vai… A lista é longa!

    E para além do valor sócio-cultural do filme, precisamos ressaltar o quanto a história protagonizada por Margot Robbie e Ryan Gosling foi um absoluto fenômeno na indústria cinematográfica, arrecadando bilhões (literalmente) nas bilheterias e transformando a ida ao cinema em um verdadeiro zeitgeist como não víamos há muito tempo.

    2º lugar – Bottoms, Emma Seligman

    Bottoms ou Passivonas (como ficou popularmente conhecido nas redes sociais) pode não ter feito tanto barulho em seu lançamento, mas não se engane: a obra dirigida por Emma Seligman (Shiva Baby) é um verdadeiro surto cinematográfico.

    A história traz PJ (Rachel Sennott) e Josie (Ayo Edebiri) criando um clube da luta para meninas em seu colégio, em uma tentativa de impressionar as estudantes e, de forma ingênua, conquistá-las romanticamente.

    Além dos caminhos inteligentes que o enredo percorre para unir imprevisibilidade e intensidade, o clímax de Bottoms é provavelmente o momento mais gloriosamente caótico que o cinema proporcionou neste ano. Indispensável!

    1º lugar – Rotting In The Sun, Sebastián Silva

    E falando em imprevisibilidade, encerramos a lista com o provocativo e audacioso Rotting in The Sun no topo. O enredo segue Jordan Firstman, que viaja para uma praia de nudismo no México para encontrar o cineasta Sebastián Silva (com quem irá desenvolver um projeto televisivo). Porém, após o cineasta desaparecer, Jordan inicia uma busca inquietante em busca do colega de trabalho.

    Podemos facilmente dividir o filme em dois atos: o primeiro transmite uma energia erótica intensa, retratando, de forma extremamente crua e sem pudores, o lado mais selvagem da cultura sexual gay.

    O segundo, no entanto, subverte toda a energia irreverente construída até então, transformando a narrativa em um suspense verdadeiramente revoltante.

    Sim, não há outro termo que melhor defina a experiência de assistir Rotting in The Sun do que revoltante — no melhor sentido possível.

    Não há nada como consumir arte que nos comova, seja através da empatia, do ódio, do medo ou da aversão. Para a nossa sorte, a obra é um soco no estômago que nos faz sentir todas essas sensações (e mais um pouco) da mais maneira visceral possível. Por esses e outros motivos, o consideramos o melhor filme de 2023.

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