“Maníaco do Parque”: tudo o que sabemos sobre o filme
Lançado pelo Prime Video, a mistura de documentário com ficção joga luz aos sentimentos das mulheres na década de 1990
O filme “Maníaco do Parque”, que acaba de estrear no Prime Video, traz para o audiovisual a história de Francisco de Assis Pereira, um criminoso brasileiro responsável por matar e abusar de mulheres na década de 1990. A narrativa explora não apenas os detalhes brutais dos assassinatos cometidos no Parque do Estado, em São Paulo, mas também foca na perspectiva das vítimas.
A história, apesar de se basear em fatos reais, também traz elementos da ficção para apresentar uma nova visão sobre questões como machismo, desigualdade social e psicologia. Abaixo, veja tudo o que sabemos sobre o longa:
Quem foi o maníaco do parque?
Um dos principais focos do filme é o personagem Francisco de Assis Pereira, que leva o apelido que dá nome à produção. Ele, que trabalhava como motoboy, atraía suas vítimas com a falsa promessa de realizar ensaios fotográficos profissionais. Após abordar as jovens, as convencia a ir ao Parque do Estado, na Zona Sul de São Paulo, onde as atacava.
Acredita-se que ele violentou e assassinou ao menos 11 mulheres. Suas vítimas tinham entre 18 e 25 anos, e seus corpos foram encontrados em uma área de mata densa do local. Ele foi capturado em Itaqui, no Rio Grande do Sul, em 1998, e posteriormente condenado a mais de 200 anos de prisão.
O papel mais difícil de Silvero Pereira
Em entrevista a CLAUDIA, o ator Silvero Pereira, que interpreta Francisco, revelou que esse é o papel mais desafiador de sua carreira: “É o meu primeiro protagonista em um projeto. Não é a primeira vez que faço um personagem que não é LGBTQIA+, mas é a primeira que me dão a oportunidade de mostrar uma faceta mais profunda enquanto profissional. Não fiz um teste de elenco, me chamaram direto e depositaram uma grande confiança no meu trabalho.”
Violência contra a mulher
O filme não se limita a contar a história de Francisco, mas também toca em questões sociais importantes, como a vulnerabilidade das mulheres em uma sociedade machista e violenta. O crime chocou o Brasil em um período de pouca discussão sobre gênero – a ideia do roteiro, por sua vez, é atualizar essa conversa, destacando a falta de segurança e o medo que o patriarcado gera.
“Essa é uma possível reparação histórica para essas mulheres – não só por causa da violência exercida pelo criminoso, mas pela violência social. Na época, elas foram colocadas no lugar de provocadoras dos crimes. Precisamos lembrar que o vilão é ele”, reflete Silvero.
Sensacionalismo
Outro tema explorado é o papel da mídia, que cobriu o caso de forma intensa e, muitas vezes, sensacionalista. A maneira como os crimes foram tratados pela imprensa na época levantou debates sobre os limites entre informar e explorar a dor das vítimas e suas famílias. O filme busca representar esse cenário, colocando em perspectiva a relação entre a sociedade, a violência e a forma como as informações são difundidas.
A jornalista Elena existiu na vida real?
Apesar de ser um elemento central, Elena, interpretada por Giovanna Grigio, é uma personagem fictícia. Isso porque o diretor, Maurício Eça, quis que o público encarasse a trama a partir de um viés feminino. A personagem, destemida e inteligente, decide investigar os crimes de Francisco a fim de revelar sua verdadeira identidade. Para isso, ela precisa provar para seus chefes (e para si mesma) que é madura o bastante para lidar com o caso.
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