Não é sempre que um filme de espionagem mostra dois agentes secretos discutindo se o vestido Dior combina ou não com o cinto Paco Rabbane, mas em O Agente da U.N.C.L.E. estilo é palavra de ordem. Seja no figurino sessentinha, arrojado e criado especialmente para o filme, na trilha sonora esperta com direito a Tom Zé, na direção enérgica de Guy Ritchie ou até no tipo de humor do roteiro, o longa exala estilo.
Na trama baseada na série homônima, os atores Henry Cavill e Armie Hammer interpretam respectivamente agentes da CIA e KGB que se unem em missão ultrassecreta contra uma organização criminosa na Itália em plena Guerra Fria.
Os dois estiveram no Rio de Janeiro para a première brasileira de U.N.C.L.E. Visitaram o Pão-de-Açúcar, comeram no Aprazível, tomaram caipirinhas no bar do hotel… “O café aqui é fantástico”, constatou Hammer. “Quero voltar quando estiver de férias”, completou Cavill, que vestiu roupas da label britânica Dunhill durante toda a tournée de divulgação do filme que passou por Roma, Berlim, Londres e Nova York e se encerrou no Rio.
“Eu invejei o Henry. Enquanto ele vestia ternos elegantes durante a filmagem, passei o tempo todo vestindo uma blusa de gola alta e uma boina”, brinca Armie Hammer, cujo figurino no filme foi inspirado nos looks de Steve McQueen. “Não preciso nem dizer que eu não sabia o que era Paco Rabbane, né?”. Cavill também não se diz um connoisseur de moda, mas garantiu que os ternos feitos sob medida o ajudaram a encontrar seu personagem. “As roupas foram essenciais, porque quando você veste ternos como esses, você se porta e se movimenta de uma maneira bem específica”.
As personagens femininas do filme que, surpreendentemente, não aparecem como arquétipos de donzelas em perigo ou femmes fatales tão comuns em filmes do gênero, também acrescentam muito ao universo estiloso de U.N.C.L.E.. Para a personagem de Alicia Vikander, uma mecânica alemã que ajuda os dois na operação, as referências foram Twiggy e Jean Shrimpton, veste, então, joviais vestidos curtinhos com silhueta reta e recortes. Já a vilã da história, encarnada pela australiana Elizabeth Debicki, aparece linda em macacões e calças com corte palazzo, tudo em preto e branco, com pontos de coral no batom e nas unhas.