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Evento online celebra centenário de Dona Ivone Lara, a matriarca do samba

Xande de Pilares, Dudu Nobre, Dandara Mariana, Bruno Castro e o neto da sambista, André Lara, homenageiam a cantora e compositora

Por Ligea Paixão (colaboradora)
Atualizado em 13 abr 2021, 17h05 - Publicado em 13 abr 2021, 17h00
Dona Ivone Lara
 (Foto: www.donaivonelara.com.br / Arte: Catarina Moura/CLAUDIA)
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Dona Ivone Lara, a matriarca do sorriso e do abraço negro mais famoso do mundo do samba, completaria 100 anos nesta terça-feira (13). A cantora e compositora faleceu em 2018 de uma parada cardiorrespiratória, tão próximo ao seu centenário, e agora recebe como tributo uma noite de celebração online ao seu legado. 

O show, transmitido diretamente do palco do Teatro Rival Refit, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira, promete reunir cinco artistas que apresentam músicas inéditas de Dona Ivone e outros sucessos. Xande de Pilares, Dudu Nobre, Dandara Mariana, Bruno Castro e o neto da sambista, André Lara, são os responsáveis por carregar a herança musical de Dona Ivone.

De acordo com Bruno Castro, o idealizador de projeto, as canções inéditas da cantora também serão disponibilizadas nas plataformas digitais, estando acessíveis a todos.

Com duas horas de duração, o espetáculo será transmitido pelo canal do Teatro Rival Refit no YouTube, a partir das 19h.

Uma mulher de fibra

Mulher, negra e de família humilde, Yvonne Lara da Costa, a Dona Ivone Lara, foi ensinada a pisar devagarinho e conquistar aos poucos seu espaço, e foi exatamente isso o que ela não fez.

Yvonne, que se consolidou no mundo do samba como cantora e, principalmente, como compositora, se destacou em um campo artístico que à época era dominado por homens – mostrando que chegou quem faltava.

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Dona Ivone Lara
(Foto: https://www.donaivonelara.com.br / Arquivo Pessoal/Reprodução)

Nascida no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, em 13 de abril de 1921, a sambista cresceu em um meio musical, sob influência de sua mãe, pai e, após o falecimento precoce de ambos, de seu tio, que lhe ensinou a arte de tocar cavaquinho.

Desde a adolescência, Yvonne compunha sambas, o que se tornou ainda mais recorrente após se mudar para o bairro do Madureira e começar a compor para a escola de samba Prazer da Serrinha.

Dona Ivone Lara
(Foto: https://www.donaivonelara.com.br / Arquivo Pessoal/Reprodução)
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Formada em enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio), enquanto exercia sua profissão, Dona Ivone Lara participava paralelamente da ala de compositores da escola de samba, recém fundada na época, Império Serrano, onde se tornou a primeira mulher a ocupar esta posição. 

Após compor “Os cinco bailes tradicionais da história do Rio”, um dos principais enredos da Império Serrano, a sambista se tornou madrinha da Ala dos Compositores da Madureira, escola a qual se entregou de corpo, alma e coração e defendeu até o fim de sua vida. 

Dona Ivone Lara
(Foto: https://www.donaivonelara.com.br / Arquivo Pessoal/Reprodução)

Ela, que nasceu para sonhar e cantar, gravou seu primeiro disco em 1970 e lançou em 1974 seu primeiro álbum “Samba minha verdade, samba minha raiz”.

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Após esse feito, Dona Ivone Lara se aposentou da profissão de enfermeira, a qual exerceu por 30 anos, e se lançou de vez em sua canção de felicidade, dedicando-se integralmente a sua carreira artística.

Mal sabia Yvonne que, anos após a sua decisão de revelar o que trazia dentro de si, se tornaria uma das maiores cantoras e compositoras de samba, que abriu alas para tantas outras mulheres inspiradas. 

Dona Ivone Lara
(Foto: https://www.donaivonelara.com.br / Arquivo Pessoal/Reprodução)

A artista que deu seu adeus em 2018, viveu o “sonho meu” e lançou 12 álbuns durante sua vida, além das apresentações ao vivo e prêmios de reconhecimento.

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Hoje tem suas composições interpretadas por grandes nomes da música brasileira, tal como Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Caetano Veloso.

O tributo desta terça-feira é mais uma forma de agradecer a Dona Ivone Lara por todas suas contribuições.

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