Apesar do facílimo acesso à pornografia nos dias de hoje, o assunto segue sendo tabu. Pouco se fala a respeito dessa indústria e, menos ainda, sobre o drama vivido por inúmeras pessoas que são exploradas por ela.
Frente a esse problema (que é enorme), o Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde resolveu lançar uma campanha inusitada. Intitulada de The Unwanted URL (A URL Indesejada, em tradução livre) a ação está sendo realizada através de URLs similares às de sites de vídeos pornôs.
Ao digitar a Url equivocada, o usuário é surpreendido por um vídeo que informa dados sobre a exploração de mulheres na indústria pornô. Cerca de 100 URLs desse tipo foram compradas para compor a ação.
Segundo os dados da campanha, 94% dos atos de agressão nos filmes pornôs têm as mulheres como vítimas, são as mulheres que totalizam 70% das pessoas que contraem DST nessa indústria e a expectativa de vida de uma atriz é de 36 anos. Depois de assistir ao vídeo, caso o usuário esteja em uma dessas “URLs indesejadas”, ele pode clicar em um link que o direciona para a página de pesquisas do Google referentes à verdade por trás da indústria pornô.
Para conhecer mais sobre a terrível realidade das atrizes pornô, vale a pena assistir ao documentário Hot Girls Wanted, produzido pela Netflix, em 2015. Recentemente, também foi lançada uma série documental inspirada nesse filme, Hot Girls Wanted: Turned On. O catálogo do serviço de streming ainda disponibiliza o documentário After Porn Ends, que entrevista diversos atores e atrizes aposentados.