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7 autoras brasileiras para ter na sua estante

Para comemorar o Dia Nacional do Livro, listamos escritoras consagradas e contemporâneas que vale conhecer e prestigiar

Por Beatriz Lourenço
Atualizado em 29 out 2024, 16h11 - Publicado em 29 out 2024, 16h00
7 autoras brasileiras para ter na sua estante
7 autoras brasileiras para ter na sua estante (Reprodução/Reprodução)
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A literatura brasileira é um terreno fértil para vozes que exploram temas variados, como ancestralidade, desigualdade social e as complexidades das relações humanas. As autoras mulheres têm se destacado no mercado, inclusive, com narrativas impactantes que nos transportam para universos profundos, abordando questões pessoais e coletivas com uma linguagem potente e única.

Abaixo, listamos sete escritoras para conhecer e prestigiar. Entre romances históricos, ficções psicológicas e contos que reverberam realidades distintas, suas obras moldam o cenário literário com perspectivas originais – ter contato com elas, por sua vez, é uma forma de ampliar o entendimento sobre o Brasil e encontrar, nas entrelinhas, vislumbres de esperança e novas possibilidades.

Conceição Evaristo

Conceição Evaristo
Conceição Evaristo (Reprodução/Reprodução)

Uma das mais renomadas escritoras brasileiras contemporâneas, é conhecida por sua poderosa narrativa focada na vivência e resistência da população negra no Brasil. Nascida em Belo Horizonte, em 1946, Conceição Evaristo cresceu em uma família de baixa renda e trabalhou como empregada doméstica antes de entrar no curso de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Sua obra é marcada pelo conceito de “escrevivência,” termo que ela criou para definir a escrita como uma forma de sobrevivência, resistência e testemunho de suas experiências. Entre suas obras mais celebradas estão “Ponciá Vicêncio” e “Olhos d’Água“, que foram amplamente reconhecidas pela crítica e pelo público. 

Aline Bei

Aline Bei
A prosa que é poesia de Aline Bei se tornou inconfundível (Catarina Moura/CLAUDIA)
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A escritora mescla prosa poética com temas profundos sobre relacionamentos e a complexidade das emoções humanas. Seu romance de estreia, “O Peso do Pássaro Morto“, recebeu o Prêmio São Paulo de Literatura na categoria de Melhor Romance de Autor Estreante, conquistando leitores e críticos pelo tom intimista e sensível com o qual narra a vida de uma mulher desde a infância até a fase adulta. Aline também lançou “Pequena Coreografia do Adeus“, um livro igualmente intenso que explora relações familiares e o amadurecimento.

Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus
A escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, autora de “Quarto de Desejo” (Editora Malê/Divulgação)

Mesmo com pouco acesso à educação formal, Carolina Maria de Jesus foi autodidata e escreveu seu diário com relatos profundos e realistas sobre as dificuldades do cotidiano, a fome e as injustiças sociais que presenciava. A obra emblemática, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada“, foi publicada em 1960 e logo tornou-se um sucesso. 

Traduzido para mais de 13 idiomas, o livro revelou a dura realidade das favelas brasileiras a um público mais amplo. Este é um marco na literatura brasileira por trazer uma perspectiva rara sobre um Brasil invisível para muitos.

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Ana Maria Gonçalves

Ana Maria Gonçalves
Ana Maria Gonçalves (Reprodução/Reprodução)

Escritora, professora e palestrante brasileira, Ana Maria Gonçalves é reconhecida por sua contribuição à literatura afro-brasileira, especialmente com o romance “Um Defeito de Cor“. O livro narra a vida de uma mulher africana que de uma africana que viaja em busca do filho perdido há décadas, abrangendo temas como racismo, resistência e a herança cultural.

Ele se destaca pela amplitude narrativa e pela profundidade com que retrata a trajetória da protagonista. Além de sua atuação como escritora, também ministra cursos e palestras, refletindo sobre temas de raça, gênero e literatura. 

Andréa Del Fuego

A escritora Andréa del Fuego.
A escritora Andréa del Fuego. (Erica Fujito/Divulgação)
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Conhecida por seu estilo único, que combina elementos de realismo e fantasia, a escritora constrói narrativas que exploram humanidade e suas relações com o ambiente. Sua obra mais reconhecida, “Os Malaquias“, ganhou o Prêmio José Saramago em 2011, destacando-a no cenário literário de língua portuguesa. O livro narra a história de três irmãos órfãos em uma pequena cidade do interior e explora temas como destino, perda e espiritualidade, numa fusão de mitos familiares e fatos históricos.

Sua escrita, marcada por uma prosa poética e rica em imagens sensoriais, transita entre o fantástico e o cotidiano, criando um universo que dialoga com a tradição literária.

Natalia Timerman

Natalia Timerman fala, em entrevista exclusiva, sobre o seu segundo romance,
A autora do livro “As Pequenas Chances”, Natalia Timerman (Renato Parada/Divulgação)

A escritora, psiquiatra e psicoterapeuta combina sua experiência em saúde mental com a sensibilidade literária para discutir temas como identidade e as complexidades emocionais.

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Sua obra de maior destaque é “Copo Vazio“, um romance que aborda as nuances e os desafios de uma relação amorosa, tendo como pano de fundo as expectativas românticas. A narrativa é centrada em uma mulher que tenta processar a intensidade de uma relação que a deixou emocionalmente abalada, explorando as dificuldades de lidar com a ausência, o ghosting e a solidão.

Eliana Alves Cruz

Eliana Alvez com a estatueta do Jabuti, em 2022 na 65ª edição da premiação.
Em novembro de 2022, Eliana concorreu pela categoria de melhor conto, vencendo a premiação pela obra A Vestida, do mesmo ano (@elialvescruz Instagram/Reprodução)

Seu trabalho literário foca especialmente nas experiências e resistências das pessoas negras, muitas vezes revelando histórias pouco exploradas sobre o período escravocrata e suas implicações na sociedade atual.

Entre suas obras mais conhecidas estão “Água de Barrela” e “Nada digo de ti, que em ti não veja“, um romance que explora o amor, a dor e as heranças culturais em uma sociedade marcada pela desigualdade. Seus livros iluminam a cultura brasileira e promovem reflexões sobre a ancestralidade.

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