Angélica Martins, a “Morango” do BBB10, está ciente do quanto a criação de conteúdo adulto para plataformas na internet, como o OnlyFans e o Privacy, vem ganhando cada vez mais adeptos. Pensando nisso, a jornalista, que atua há mais de três anos nesse mercado, resolveu se diferenciar e lançar uma produtora que promete entregar vídeos com “qualidade cinematográfica, bom gosto, sutileza e sensualidade”.
Para ela, a sexualidade nunca foi um tabu. “Como jornalista, escrevi sobre sexo e comportamento durante seis anos. Quando o OnlyFans começou a se popularizar no Brasil, decidi produzir conteúdo adulto. Se não fosse como eu esperava, encararia como uma experiência antropológica; se eu me apaixonasse pelo trabalho, faria uma transição de carreira.”
Como a estratégia deu certo, chegou a hora de inovar, lançando a All In- Cinema. “O esmero técnico durante todo o processo, da captação à pós-produção, é um diferencial. Não fazemos apenas filmes adultos, fazemos cinema”, afirma. Os filmes são disponibilizados no OnlyFans (@angelicamorango) e no da produtora no Privacy (@allincinema), a partir de R$ 30.
Inspirações para os filmes eróticos
Entre as inspirações de Angélica está a diretora sueca, produtora e roteirista de filmes eróticos Erika Lust, considerada um dos principais nomes da pornografia no mundo justamente por combater ângulos ginecológicos, mulheres objetificadas e fantasias exclusivamente masculinas.
“Ela produz pornô feminista e revolucionou esse mercado, é uma referência. A gente quer atrair um público que não se sente confortável com as opções explícitas disponíveis atualmente. A gente faz arte erótica, é o nosso diferencial”, diz Angélica.
Como é o clima durante as filmagens de um pornô
Morango atua com a atriz Naty Varga em Blink, primeiro curta-metragem do projeto. A história gira em torno de uma empresária de sucesso que viaja de Madri para São Paulo a negócios, conhece uma loira em um pub e não sabe se a noite ardente que viveu foi real ou um sonho.
Mas como é o clima de filmagem de um curta de conteúdo adulto? Momentos de excitação são inevitáveis, confessa – mas sempre de olho na luz, no ângulo e no desenvolvimento da história.
“Não adianta o beijo ser bom, gostoso para quem beija. Ele precisa ter plástica, ser visualmente interessante para quem assiste. Tudo o que se vê ali é real, aconteceu.” Angélica diz ter sentido “pudor e nervosismo” durante as filmagens. “Eu nunca tinha feito cenas de sexo com alguém com quem não estivesse me relacionando afetivamente. E toda novidade gera um friozinho na barriga, né?”
Expansão
A jornalista diz que “há mais de uma dezena de roteiros prontos para serem filmados”. Além das produções no Brasil, a empreitada tem um braço em Madri, na Espanha, onde vive a diretora de cinema Roberta Soarez, sócia de Angélica.
Lá, além da edição dos filmes feitos no Brasil, são oferecidos serviços de roteirização e produção de conteúdo +18 e suporte para casais anônimos interessados em gravar um filme erótico para si ou divulgação. Em 2025, o plano é produzir e distribuir nternacionalmente os filmes.
Ela revela que apostar no conteúdo adulto tem mudado seu perfil de público, atraindo as mulheres. “No OnlyFans, 80% dos assinantes eram homens. Com os filmes, essa porcentagem tem mudado e cada vez mais mulheres têm acessado o conteúdo +18.”
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