5 motivos para assistir “A Substância”, com Demi Moore
O polêmico filme de terror psicológico tem a renomada atriz no elenco e satiriza ditadura da beleza
O filme “A Substância” estreou há pouco tempo, mas já é considerado o novo clássico do cinema de horror. Dirigido por Coralie Fargeat, ele traz à tona temas sensíveis para a sociedade, principalmente às mulheres, como a ditadura da beleza, o etarismo e a objetificação do corpo feminino.
Na trama, Demi Moore interpreta Elisabeth Sparkle, uma atriz com mais de 50 anos que é subitamente demitida de um programa de TV devido à baixa audiência. Após encontrar um produto clandestino milagroso que a faz rejuvenescer, ela passa a viver no corpo de Sue, vivida por Margaret Qualley.
No início, desfilar por aí como uma nova pessoa garante conquistas que ela sempre quis. Mas não demora muito até que a troca de corpos conduza ambas as personagens à autodestruição.
A intensidade da história vai aumentando com o tempo: se no começo nos divertimos com cenas cativantes, no final somos apresentados a cenas grotescas e assustadoras. Em 140 minutos, o espectador se comove, ri e se contorce de aflição.
Abaixo, confira cinco motivos para assistir “A Substância”:
1) A volta de Demi Moore para as telonas
Após cerca de oito anos longe dos papéis principais, a artista de Hollywood entrega uma performance poderosa e elogiada pela crítica. Há quem diga, inclusive, que sua atuação é tão boa que vale um Oscar. Demi Moore dá profundidade à sua personagem com expressões marcantes que contribuem para a tensão da narrativa.
2) Temática provocativa
O longa explora, principalmente, a ditadura dos padrões de beleza e o etarismo – assuntos que rondam o dia a dia das mulheres. Além disso, ele aborda a influência da propaganda e da opinião alheia sobre nossos corpos.
Segundo a diretora, ela quis falar “sobre como os corpos das mulheres são examinados, fantasiados e criticados em espaços públicos. Sobre o quanto, como mulheres, somos levadas a acreditar que não temos escolha a não ser sermos perfeitas para sermos valorizadas na sociedade”.
3) Protagonismo feminino
Após o sucesso de “Vingança” (2017), a cineasta francesa mostra, novamente, sua habilidade na direção. A partir de imagens impactantes, sons envolventes e um roteiro conciso, ela consegue fazer com que os cinéfilos sintam a dor das mulheres quando se dão conta das imposições de gênero.
Além de Demi Moore, a atriz Margaret Qualley também brilha no elenco como co-protagonista. A estrela ganhou visibilidade com seu trabalho na minissérie “Maid”, da Netflix.
4) Filme premiado
Na 77ª edição do Festival de Cannes, a exibição foi ovacionada por 11 minutos ininterruptos e concedeu ao filme o prêmio de melhor roteiro, além de marcar a primeira participação de Demi Moore no evento.
5) Mistura de gêneros cinematográficos
Ao contrário das produções blockbusters, essa é uma mistura de ficção científica, horror e drama psicológico, o que aumenta a complexidade da trama. Embora haja elementos de horror corporal, ele desafia as regras cinematográficas e vai contra a exploração de imagens femininas, justamente para refletir a misoginia da indústria do entretenimento.
Só não compre os ingressos caso você tenha alguma tolerância a sangue. Isso porque, à medida em que o filme segue, ele vai se tornando cada vez mais gore. Ou seja, evidenciando representações gráficas de sangue e violência – ainda que com um toque teatral e humorístico.
Abaixo, veja o trailer:
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