9 músicas de 007 e o que elas revelam sobre James Bond
Um playlist com canções que unem Louis Armstrong e Paul McCartney à Adele e, agora, Billie EIlish também
São 25 filmes oficiais (e um extra, que nem todos os fãs levam em consideração) e separar James Bond de suas trilhas sonoras é simplesmente impossível.
Vale lembrar algumas das músicas e o que elas revelam sobre o mais famoso espião inglês.
Na ordem da mais recente para a mais antiga, CLAUDIA preparou a playlist para você curtir:
1- No Time To Die, Billie Eilish
A mais jovem artista a cantar um tema de James Bond, Billie Eilish não decepcionou.
Geralmente as letras das canções de James Bond parecem que são as mulheres cantando para o espião. Frequentemente falam do charme dele e de sua distância emocional. Eilish, porém, sugere um desafio para 007. A letra diz:
“Você não é mais minha preocupação
Rostos do passado retornam
Outra lição para aprender”
Considerando que Blofeld (Christoph Waltz), o principal arqui inimigo de James está de volta, além do vilão interpretado por Rami Malek, pode-se antecipar algumas surpresas para 007.
2-Writing on the Wall, Sam Smith
Em 007 contra Spectre, James reencontrou algumas pessoas que mudaram definitivamente sua vida. Também reencontra Stravo Blofeld. Os aficcionados da franquia desconfiam com razão que a entrada de Blofeld pode conduzir a história para um desfecho preocupante, afinal, Blofeld é responsável por muita tristeza na vida do espião inglês. Também nesse filme 007 finalmente reencontra o amor, como diz a letra:
“Eu passei a vida inteira correndo
e sempre escapei
Mas com você estou sentindo algo
que me faz querer ficar”
3-Skyfall, de Adele
Clássico instantâneo, respeitando as canções e estilo de Shirley Bassey – a única a cantar 3 temas de James Bond – Adele mereceu o Oscar por uma dos temas mais significativos de James Bond. De longe também o melhor filme de Daniel Craig na pele do espião. Adele revela a razão do nome, Skyfall, nos versos:7″Skyfall é onde nós começamos
Mil milhas e polos de distância
Você pode ter meu número
Você pode pegar meu nome
Mas você nunca terá meu coração”
4- The Spy Who Loved Me, Carly Simon
Todas as trilhas de 007 até 1977 eram assinadas pelo compositor John Barry. A exceção foi quando Marvin Hamlish foi o escolhido para o filme O Espião que Me Amava. Desde as primeiras notas do piano, com Carly Simon cantando uma das letras mais machistas sobre Bond, é impossível não ficar com a melodia de Nobody Does it Better na cabeça:
“Ninguém faz melhor que você
Dá pena do resto
Ninguém faz nem a metade tão bem como você
Querido, você é o melhor”
5- Live and Let Die, Paul McCartney
O primeiro filme de Roger Moore traz um dos maiores clássicos das trilhas de James Bond. Ele entrou para a franquia depois que Sean Connery desistiu de vez e George Lazenby foi massacrado pela crítica e público. Por isso é curioso que a letra use a piada de A Serviço de Sua Majestade, quando Lazenby, como Bond, é abandonado pela mocinha (Diana Rigg, no auge da fama e beleza, bem antes de ser Lady Ollena Tyrell em Game of Thrones) e diz “Isso nunca aconteceu com o outro cara”:
“Quando você tem um trabalho a fazer você tem que fazer bem
Você tem que fazer o inferno para o outro cara
Você costumava dizer viva e deixe morrer”
6- Diamonds are Forever e 7- Goldfinger, Shirley Bassey
Shirley Bassey é a voz mais clássica de todos as clássicas canções de James Bond. Conhecida por seu impressionante alcance vocal, ela canta a abertura de 007 Contra Goldfinger, 007 – Os Diamantes São Eternos e 007 Contra O Foguete Da Morte. Ela simplesmente transformou Goldfinger – escrita como uma balada intimista a ser cantada em sussurro – em um dos temas mais famosos do cinema quando vai crescendo as notas no final.
Goldfinger é o terceiro (e um dos mais famosos) filmes de toda franquia, com Sean Connery em sua melhor forma como Bond. Como sempre, a perspectiva é da mulher, que tenta alertar 007 sobre quem é o vilão Goldfinger.
“Goldfinger
ele é o homem, o homem com toque de Midas
o toque da aranha
um dedo frio
Te convida a entrar em sua teia de pecados
mas não entre”
Já Diamonds are Forever é do filme logo após o fracasso A Serviço de Sua Majestade. Se não viu ainda, tem spoiler.
Sean Connery tinha se afastado depois de Thunderball e a produção trouxe o desconhecido George Lazenby para rejuvenescer a franquia. Sem o carisma de Connery, Lazenby não segurou a onda. Não ajudou que tenha estrelado o único filme de 007 com final inesperado, e o australiano foi sumariamente demitido. Connery voltou para sua última aparição como Bond (até fazer outro filme no final dos anos 80): um Bond vingativo e querendo acabar com Blofeld.
“Eu não preciso de amor
porque no que isso me ajudaria?
Diamantes nunca mentem para mim”
8- We Have All the Time in the World, Louis Armstrong
Tudo em A Serviço de Sua Majestade foi diferente demais em seu tempo. Um Bond novo, a abertura com tema instrumental (um dos melhores da franquia) também apresenta – SPOILER – um 007 apaixonado que (sim) se casa com a mocinha. Por isso, o tema de amor dos dois, We Have All The Time In The World, mesmo na voz inigualável de Louis Armstrong soou deslocada O filme é hoje um cult e citado como um dos favoritos de Christopher Nolan (que o homenageou em Inception) e Sam Mendes. É muito triste quando Armstrong diz:
“Nós temos todo o tempo do mundo
Apenas para amar
Nada mais
Nada menos
Só Amar””
9- O tema de James Bond
Não tem letra, mas é inconfundível. Escrito por Monty Norman , foi orquestrado por John Barry, que assumiu as trilhas de 11 filmes de James Bond. Barry e Norman brigaram judicialmente para definir quem escreveu mesmo o tema, mas Norman venceu a batalha.
Quer ouvir e lembrar as canções? CLAUDIA preparou o playlist para você aqui!