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5 livros para entender mais sobre racismo estrutural

O podcast A Mulher da Casa Abandonada fomentou discussões sobre escravidão e preconceito nos últimos dias

Por Raíssa Basílio
Atualizado em 22 jul 2022, 09h31 - Publicado em 22 jul 2022, 09h05
pequeno manual antirracista
Podcast 'A mulher da casa abandonada' reacende o debate sobre racismo estrutural.  (Companhia das Letras/Divulgação)
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Um dos assuntos do momento nas redes sociais é o podcast A Mulher da Casa Abandonada, comandado pelo jornalista Chico Felitti em parceria com a Folha de S. Paulo. A história investigativa despertou o interesse do público desde que foi lançada e, recentemente, ganhou novas camadas devido à discussão sobre racismo e racismo estrutural.

O podcast gira em torno de Margarida Bonetti, uma mulher que mora em uma residência digna de filme de terror em São Paulo e é procurada pelo FBI. De fato essas informações são curiosas, mas ela está refugiada no Brasil porque escravizou uma mulher negra. É neste ponto que a narrativa fica complicada.

Este ano, cerca de 2.300 mulheres foram resgatadas de trabalhos análogos à escravidão desde 2003 no território brasileiro. E, neste caso, estamos falando de uma prática social escravocrata, que já vem atrelada ao preconceito. De certa forma, ele vem velado e consegue se aproximar do que caso do podcast, em que a popularidade acabou deixando de lado o quão problemático é fetichizar essa história.

Abaixo, deixamos 5 sugestões de livros para entender melhor o racismo:

pequeno manual antirracista
Obra aborda negritude, branquitude, racismo estrutural, violência e mais. (Companhia das Letras/Divulgação)

Pequeno Manual Antirracista – Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro aborda negritude, branquitude, racismo estrutural, violência e muitos outros temas em Pequeno Manual Antirracista. Essa é uma excelente obra introdutória, que consegue explicar de uma forma muito clara diversos problemas presentes ainda em nossa sociedade. O principal aqui é que Djamila te faz refletir e ainda consegue aprofundar no discurso do preconceito racial – especificamente quando é estrutural. Compre aqui por R,40.

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Racismo Estrutural – Silvio Almeida

Racismo estrutural foi definido pela primeira vez em Black Power, um livro dos anos 1970 escrito por Kwame Turu e Charles Hamilton. Ao longo das décadas, esse conceito foi ganhando mais estudos até que, em 2018, o advogado, filósofo e professor universitário Silvio Luiz de Almeida publicou Racismo Estrutural, uma obra que agrega dados estatísticos sobre este problema social no Brasil. Compre aqui por R$24,18.

O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado – Abdias do Nascimento

Abdias do Nascimento é uma referência no ativismo negro no Brasil. Ele foi um poeta, escritor, dramaturgo, artista, professor, político e o que mais você consegue imaginar. Sua influência vai além do território nacional. Suas obras, na literatura e nas artes plásticas, exploram o legado africano em um contexto expositivo para combater o racismo. Em O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado, Abdias discorre sobre a “democracia racial”, fazendo um paralelo acerca da condição dos negros no Brasil. Não passamos por um apartheid declarado, como nos Estados Unidos e na África do Sul,  mas por um velado, o que é muito pior. Compre aqui por R$40,00.

o pacto da branquitude
Autora discute o que chama de “pacto narcísico da branquitude”. (Companhia das Letras/Divulgação)
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O pacto da branquitude – Cida Bento

Cida Bento é uma das pessoas mais influentes do mundo quando o assunto é diversidade, segundo a revista The Economist. No livro, ela aborda como as pessoas negras são preteridas em processos seletivos independente de suas qualificações. Cida identificou que isso não acontecia apenas com ela e notou que é padrão. Através de pesquisas, ela foi a fundo neste cenário. A pesquisadora dá o nome de “pacto narcísico da branquitude” a este fenômeno social. Compre aqui por R$30,32.

Por Que Eu Não Converso Mais Com Pessoas Brancas Sobre Raça – Reni Eddo-Lodge

De uma forma sutil, Reni Eddo-Lodge dá um tapa na cara da branquitude em Por Que Eu Não Converso Mais Com Pessoas Brancas Sobre Raça. O livro nasceu  de um texto que ela publicou em um blog e viralizou. Com base em suas experiências de vida, ela explora questões da história negra e dominância branca, abordando feminismo, classe social e raça. Apesar de ser uma autora brasileira, Reni aborda discussões importantíssimas e universais em sua obra. Ela tem um nome importante no feminismo e na exposição do racismo estrutural. Compre aqui por R$40,11.

* Os links gerados podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril. Os preços foram consultados na sexta-feira (22), e podem estar sujeitos a alterações.

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