De alguns anos para cá, basta ir a uma churrascaria para se deparar com nomes cheios de estrangeirismo, como rib-eye, tomahawk, flank steak e assim por diante. Isso não quer dizer que o acém, a picanha e o contrafilé sumiram de cena – e continuam sendo cortes presentes e requisitados – mas o que mudou?
Muitos dos cortes de carne que consumimos hoje têm origem em países de língua inglesa, o que explica a presença de nomes em inglês em nossos cardápios. Essa influência cultural é especialmente evidente na culinária internacional, onde a carne bovina, em particular, é apreciada em diversas preparações.
Imagine que você está em um restaurante e vê no cardápio “rib-eye steak“. Para um falante nativo de inglês, isso é claro: um corte suculento da costela. Mas para alguém que não domina a língua (ou o universo das carnes), pode ser um mistério.
Por que alguns cortes têm nomes em inglês?
Primeiramente, esse fato deve-se a origem da carne, pois muitos cortes foram inicialmente identificados e nomeados em países de língua inglesa, como os Estados Unidos e a Austrália. Inclusive, nem todos possuem uma tradução.
Além disso, a popularização da diversidade gastronômica também tem tudo a ver com a mudança, já que a influência da culinária americana e inglesa em outros países popularizou esses nomes, tornando-os parte do vocabulário gastronômico internacional. “Muitos deles ganharam notoriedade e força de consumo fora do país, depois o Brasil os adotou”, pontua Cássio Silva, Diretor de Operações do Fogo de Chão no Brasil.
E, é claro, não podemos deixar de lado o fator marketing, pois a indústria alimentícia tem utilizado, em alguns casos, nomes em inglês para conferir um ar de sofisticação e internacionalidade aos produtos.
Essa mudança teve, inclusive, impacto nas preferências e hábitos dos brasileiros, fazendo com que restaurantes se adaptassem aos novos cortes e vontades dos clientes. “Percebemos uma mudança de hábitos de consumo, onde uma parcela prefere um almoço mais rápido. Então, temos agora o menu à la carte fazendo grande sucesso, com cortes dry aged e wagyu“, comenta o diretor do Fogo de Chão, referindo-se à carne com processo de maturação e também à raça bovina japonesa.
Os cortes de carne mais populares
- Rib-eye: Um dos cortes mais populares, conhecido por sua maciez e sabor intenso. Em português, é comumente chamado de bife ancho ou contrafilé.
- Shoulder: Chamado de raquete em português, o corte é retirado da parte superior da paleta do boi, uma região que não possui muita movimentação, o que resulta em uma carne macia e saborosa.
- Tomahawk: Combina duas partes nobres da carne: a costela e o bife ancho. Isso resulta em um corte com alto grau de marmoreio, o que garante uma carne macia, suculenta e com sabor intenso.
- Striploin: Outro corte nobre, similar ao rib-eye, mas com menos gordura.
- Tenderloin: O filé mignon, um corte macio e delicado, localizado na parte interna do lombo.
- T-bone: Um corte que combina o filé mignon e o contrafilé, separados por um osso em formato de “T”.
- Porterhouse: Similar ao T-bone, mas com uma porção maior de contrafilé.
- Sirloin: Um termo geral que se refere à região do lombo, incluindo o contrafilé e o capa de filé.
- Flank steak: Um corte magro e saboroso, ideal para grelhar. Em português, é conhecido como bife de flanco ou bife ancho.
Como entender melhor cada tipo de corte?
Além dos muitos conteúdos gastronômicos disponíveis em redes sociais, é possível encontrar a informação direto na fonte. Sendo assim, a dica é consultar um açougue, já que esses profissionais podem te ajudar a identificar os cortes e suas características.
Para quem está na dúvida, quer qualidade e não quer errar, o especialista da Fogo de Chão indica investir na fraldinha ou ancho de uma raça britânica: “São cortes para quem procura maciez e suculência. A dica para não errar no preparo é ter um carvão de qualidade e uma boa brasa”, aconselha.
Ah, e é claro, a principal dica é se aventurar! A melhor forma de aprender sobre os cortes é experimentando diferentes preparos e sabores.
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