Não existe nada pior no ambiente de trabalho do que caminhar às cegas, sem saber exatamente em que terreno estamos pisando e que riscos estamos correndo. A boa nova é que as empresas modernas e conectadas com o novo têm se empenhado para deixar no passado o conceito de hierarquia verticalizada, aquela em que não existe muita transparência por parte de quem ocupa posições de poder e onde a comunicação acontece de forma nebulosa e inconsistente, deixando líderes e colaboradores inseguros, sem saber se estão no caminho certo.
Felizmente os tempos são outros. Atualmente, é cada vez mais comum no mundo corporativo o uso de uma importante ferramenta de crescimento para líderes e colaboradores. Estou falando da política de feedback, ou seja, dos retornos sobre desempenho, esse instrumento que gestores e funcionários são estimulados a adotar para criar um clima saudável, empático e produtivo no ambiente profissional através de avaliações que podem ser positivas ou negativas, mas, acima de tudo, construtivas.
É bem verdade que muito profissionais ainda são reativos à prática por temerem ter suas fraquezas expostas ou se tornarem alvo de críticas abertas perante todos. Mas, acreditem, feedback é algo muito importante e um mecanismo do qual não devemos abrir mão. A prática contribui positivamente para a nossa trajetória na empresa e para o nosso desenvolvimento como pessoa e profissional. E deve ser aplicada não só pelos líderes, mas também pelos colaboradores.
É claro que todo esse processo precisa acontecer de maneira transparente, empática e construtiva, visando o crescimento e não o desmerecimento. Por isso, o feedback precisa ser dado com maturidade, inteligência emocional e principalmente, planejamento. Afinal, o principal objetivo desse processo de retorno de desempenho é criar um clima de confiança entre todas as partes envolvidas. Estimular, encorajar e encontrar soluções para problemas que estejam emperrando o desempenho individual ou da equipe e em casos mais extremos, comprometendo o crescimento da empresa.
Eu considero fundamental saber como está o meu desempenho nas situações profissionais em que estou envolvida. Acredito que com vocês não seja diferente. Afinal, é importante saber se o nosso trabalho e a nossa postura profissional estão atendendo às expectativas que depositaram em nós. Não devemos encarar o momento do feedback como um puxão de orelha. Somos profissionais, precisamos saber, através de uma avaliação amigável e construtiva, onde estamos errando para melhorar nossas habilidades. É dessa forma que vamos amadurecer e nos tornarmos profissionais de excelência.
Veja abaixo como são os feedbacks negativo, positivo e construtivo e entenda como devemos nos posicionar diante de cada um. E não se esqueça: encare os retornos como um processo de crescimento pessoal e profissional, eles contribuem para minimizar as incertezas e nossas ansiedades. Eu diria que é um ótimo forma de exercitar respeito mútuo e crescimento humano.
Feedback Negativo – Embora difícil de ser assimilado num primeiro momento, seja por um líder ou colaborador, o feedback negativo é fundamental para criar um alinhamento entre os envolvidos, para que todos entendam o que precisa ser melhorado e de que forma isso deve acontecer para atingir resultados mais assertivos. Não deve ser assimilado com ressentimentos ou mágoas, a não ser que existam fatos que comprovem uma crítica de cunho pessoal.
Feedback Positivo – Quem não gosta de receber uma avaliação positiva sobre seu desempenho, não é mesmo? É uma forma de nos sentirmos valorizados e de perceber que nossos líderes estão atentos ao nosso trabalho e a maneira como apresentamos resultados. É uma estratégia usada para melhorar ainda mais a nossa performance. Nessa hora, é importante mostrar o quanto aquele profissional é importante para a empresa. Colaboradores também devem ser estimulados a contribuir com feedbacks sobre seus líderes, é uma forma de todos crescerem juntos.
Feedback Construtivo – Exige maturidade e inteligência emocional de quem está dando o retorno, já que o feedback construtivo revela não só os pontos positivos, mas também os negativos de um colaborador ou líder. Comece seu feedback ressaltando os pontos positivos, dizendo o quanto eles são importantes para a equipe e para a empresa. Ao apontar os pontos negativos, o faça de forma construtiva, ouvindo o que o outro também tem a dizer.
RelacionadasO papel da consultoria de imagem no cenário atualCarreiraNovos atributos: as habilidades que estão em alta no mercado de trabalhoSua VidaO novo normal nas redes sociais