O que a não-monogamia pode ensinar aos monogâmicos?
Não precisa ter a não monogamia como meta de vida para aproveitar alguns ensinamentos
Há quem torça o nariz apenas de ouvir o termo “não-monogamia”. Há quem tenha curiosidade sobre o assunto, mas não se sinta preparada para viver uma experiência assim. Há quem saiba do que se trata, mas escolha ser monogâmico, embora saibamos que essa nem sempre seja mesmo uma escolha livre. Se você se encaixa em algum desses perfis, esse texto é para você!
Não precisa ter a não-monogamia como meta de vida e muito menos achar um conceito divertido para aproveitar alguns ensinamentos desse modelo relacional. Então, pode ficar tranquila que eu não estou aqui para te converter, ok?
O que a não-monogamia pode te ensinar
Companheirismo sim, individualidade também!
O modelo de relações proposto pelo amor romântico e monogâmico, por vezes – a maioria esmagadora delas-, consiste na ideia de que uma única pessoa vai suprir todas as nossas necessidades.
A parceria romântica, então, passa a ser nossa confidente para todos os segredos, companhia para todas as atividades, com quem a gente deve contar exclusivamente. Como consequência, acabamos confundindo companheirismo com dependência e, nessa brincadeira, esquecemos de quem somos sem aquela pessoa.
Acontece que, em relações saudáveis, individualidade deve ser critério indispensável. Inclusive, alguns pesquisadores defendem que manter a individualidade permite até que o desejo pela parceria siga firme e forte.
Troca de exames periódica
É comum, em relações não-monogâmicas, que existam acordos de troca de exames periódica para IST’s. Uma maneira de garantir a segurança dos parceiros.
Relações monogâmicas, em que há combinado de exclusividade sexual, costumam simplesmente assumir os riscos, mesmo sabendo que, segundo pesquisa realizada em 2022, 8 em cada 10 brasileiros traem.
Se não há o que esconder, por que não fazer os exames?
Comunicação assertiva
A não-monogamia não é nenhum mar de flores. Ainda mais co-existindo em meio a tantas crenças limitantes acerca do amor. Talvez por isso, e também pelo entendimento de que o outro não nos pertence, costuma-se estabelecer uma comunicação bastante sincera, clara e assertiva nesse formato de relação.
Falar sobre o que sentimos, sem necessariamente culpar o outro, mas abrir espaço para a fala e escuta é, sem dúvida alguma, um exercício que pode ser muito aproveitado pelos casais monogâmicos convictos.
Monogâmicos ou não, que possamos aprender a viver relações seguras, respeitosas e acolhedoras.