Meus 50tões: nada saiu conforme o planejado
A verdade é que eu não via sentido em celebrar a data sem minha mãe, dona Pretinha
E o dia 30 de janeiro de 2021 então chegou. E eu completei meus 50tões. Meio século de vida. Havia planejado ficar em casa literalmente esperando o dia acabar. A verdade é que eu não via sentido em celebrar a data sem minha mãe, dona Pretinha.
Foi ela, e sempre ela, a primeira a me desejar “parabéns, Kelzinha”. “A mãe te ama, viu?” Foi assim nos últimos 49 anos. O gesto sempre acompanhado de uma flor que ela trazia de seu jardim.
Apesar de, como sempre, eu estar grata pelo dom da vida, que recebi através de dona Pretinha e de meu pai, seu Antônio, a falta que ela me faz é tamanha que resolvi não comemorar.
Nada saiu conforme o planejado.
Às 5h30, resolvi sair para caminhar. Estava chorosa por não estar com minha mãe. Parei para rezar Santuário de Nossa Senhora de Fátima, localizado na Rua Darwin, em Santo Amaro, aqui pertinho de casa. Entrei em seguida na igreja e fiquei agradecendo pela data.
Às 8h da manhã meu telefone e minha campainha começaram a tocar. Em uma caixa linda chegou um bolo muito especial com motivo da Mulher Maravilha, com brigadeiro, bicho de pé e tudo mais. Era um presente da minha amiga e parceira Dani Ota, CEO da Dior Brasil.
Na sequência recebi um abraço megacarinhoso da minha querida vizinha Carla e flores da outra vizinha Michele. Ainda pela manhã, bateu em minha porta meu amado compadre padre Anderson (conhecido como Magal, que é o vigário no Santuário do padre Marcelo Rossi), padrinho da Sarah Maria. Ele me trouxe o novo exemplar do livro do padre Marcelo e também outros dois livros de oração.
Recebi ligações, chocolates, flores e mensagens de carinho de amigas(o) e novos entrantes na minha vida. Meu coração estava saboreando cada minuto daquele dia. E que dia!
Para almoçar, recebi uma grata surpresa, com direito a balões de 50 anos, confetes e bexigas, das minhas amigas Taty Luncah, Virginia Any, Grazi Parenti e Carla Goes. Elas trouxeram um delicioso prato espanhol: sim, sim, uma paella, com tudo o que me deixa com água na boca, camarões, lula, mexilhões, ostras, etc etc. De lamber os beiços!
No final da tarde, apareceram minhas irmãs amadas Sandra Maria, Marcia Maia e Silvana Maia, que entraram já cantando parabéns. Elas me emocionaram tanto que voltei a chorar – mas de alegria em tê-las na minha vida.
À noite, depois de tomar um banho gostoso com óleos relaxantes que havia ganhado ao longo do dia, me deitei e, no silêncio do meu quarto, pensei em como a vida mais uma vez havia me surpreendido. E como estava grata por nada ter saído conforme o planejado.