Conhecida como a “ursa mais triste do mundo”, Rowena morreu nesta quarta (24) no santuário Rancho dos Gnomos, em Joanóplis (SP). O lugar foi adaptado para recebê-la, onde Rowena morava há 10 meses.
Antes de ir para o novo lar, Rowena era chamada de Marsha. Ela comoveu os internautas que se juntaram na campanha para transferi-la de um zoológico em Teresina (PI), onde as temperaturas não eram adequadas para o animal.
Quando a ursa chegou na instituição, começou a receber alimentação adequada. Rowena viveu em um circo onde era alimentada com ração de cachorro por cerca de 25 anos. Apreendida, a ursa foi doada ao parque de Teresina pelo Ibama.
Em vídeo divulgado no perfil do Instagram a instituição lamentou a perda de Rowena. “Gente, é com profundo pesar que informamos que a nossa querida Rowena ficou livre. Rowena recebeu todo carinho, todo amor, todos os cuidados ao longo desses meses no Rancho dos Gnomos. Infelizmente ela partiu”.
A história da ursa serviu recentemente de inspiração para um livro de Rita Lee.
Abaixo, leia a íntegra da nota do santuário:
“O Brasil conheceu recentemente a história da Ursa mais triste do mundo e que aos poucos, se transformou em uma trajetória digna, de muito amor e respeito. Antes chamada de Marsha, a ursa Rowena comoveu pessoas pela seu histórico de maus-tratos, solidão e tristeza transformados pelo cuidado, zelo e a esperança. O Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos notificou com profunda dor o seu falecimento nesse dia 24 de julho.
Em setembro de 2018 Rowena ganhou uma nova vida após sua transferência para o Santuário Rancho dos Gnomos:
Sua adaptação começou com a alegria de ter um recinto que supria todas as suas necessidades, adaptado por doações ao Instituto Luisa Mell, para sua chegada. Na Serra da Mantiqueira, enfim temperaturas amenas após 7 anos no Zoológico de Teresina-PI e anteriores 20 anos trabalhando em condições muito adversas em circos itinerantes pelo país. Os 10kg diários de frutas nos primeiros meses não foram os únicos responsáveis pela evidente evolução da Ursa; nova pelagem, melhora nos aspectos sensoriais e de mobilidade, mais disposição e um olhar que recebia com gratidão essa nova etapa da sua vida.
Todo o processo desde a transferência foi acompanhado por um time veterinárias e biólogos, coordenados pela Dra Carla Spechoto e Dra Kelly Spitaleti, que contribuíam no bem-estar de Rowena entre a rotina médica e seu equilíbrio físico, mental e espiritual. A ursa mais amada do Brasil foi diagnosticada com um tumor ovariano o qual causou lesões em seu cérebro. Rowena apresentou, então, um episódio convulsivo e veio a óbito em seu recinto.
Os fundadores e mantenedores do Rancho dos Gnomos, Silvia e Marcos Pompeo expressam sua enorme gratidão a todos os apoiadores desse trabalho, que diariamente sonham e realizam juntos os propósitos dessa instituição. Apesar de seu falecimento aos 36 anos, o legado de Rowena perpetua como um símbolo da causa animal e dos sentimentos que rodeiam nossas relações para com esses animais. Sempre muito serena, nos lembra de que maus-tratos não se pagam com maus-tratos, sofrimento não se devolve e o amor é realmente o único caminho para cura e conexão entre todos os seres”
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