Animais mortos eram congelados em clínica para prolongar internação
Além disso, a empresa é suspeita de vender remédios proibidos, sonegar impostos e por lavagem de dinheiro
Uma clínica veterinária, a Animed, é acusada de congelar animais mortos para que os donos continuassem pagando pela internação, em Nova Lima, Belo Horizonte (MG). O dono do local, Marcelo Dayrell, foi preso nesta sexta-feira (22).
Segundo o delegado Bruno Tasca Cabral, o estabelecimento é alvo de uma operação da Polícia Civil por maus-tratos, além de outros crimes como estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
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De acordo com a investigação, a clínica congelava o animal, quando ele morria, e não avisava ao dono sobre a morte para continuar cobrando pela internação. Os animais ficavam congelados por mais de uma semana. Quando o dono era finalmente avisado, eles descongelavam o corpo e aplicavam uma injeção para retomar a condição do corpo, simulando que a morte era recente.
Além disso, a clínica é suspeita de vender remédios proibidos, aplicar medicamentos de humanos em animais e reaproveitar próteses que eram retiradas de animais mortos.
A polícia também tenta localizar a mulher de Dayrell, a veterinária Franciele Fernanda Quirino dos Santos. Segundo a Polícia Civil, ela não foi encontrada em casa nem na clínica e já pode ser considerada foragida. O marido diz que a esposa está viajando.
A assessoria de imprensa da Animed afirma, em nota, que a empresa está surpresa com a operação e que se pronunciará após análise das denúncias. Eles se colocam à disposição da Justiça para esclarecer os fatos e cooperar no que for preciso com a investigação.
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